EDP investigada por suspeita de corrupção
O Ministério Público (MP) confirmou, dia 2, que foram constituídos arguidos responsáveis da EDP, no âmbito de um inquérito sobre crimes de corrupção.
Além dos presidentes da EDP e da EDP Renováveis, António Mexia e João Manso Neto, respectivamente, foram constituídos arguidos o administrador da REN e antigo consultor do ex-ministro Manuel Pinho, João Faria Conceição, e Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas.
Segundo a nota do MP estão «em causa factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção activa, corrupção passiva e participação económica em negócio».
Por seu turno, a administração da EDP revelou que «a investigação teve origem numa denúncia anónima» e está relacionada com as condições dos CMEC (Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual), mecanismo introduzido em 2005, quando António Mexia era ministro das Obras Públicas do governo do PSD/CDS-PP, que proporciona anualmente à EDP centenas de milhões de euros de renda fixa.