Romeu Correia e muito mais no Avanteatro

FESTA DO AVANTE! A pro­gra­mação do Avan­te­atro será, uma vez mais, mar­cada pela qua­li­dade dos es­pec­tá­culos e pela di­ver­si­dade das abor­da­gens es­té­ticas.

O Avan­te­atro evoca os 100 anos do nas­ci­mento de Romeu Cor­reia

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Tal como no­ti­ciámos na se­mana pas­sada, o Avan­te­atro tem já fe­chada a sua pro­gra­mação te­a­tral, que este ano – em que se as­si­nala o cen­te­nário do nas­ci­mento de Romeu Cor­reia – dará par­ti­cular des­taque ao dra­ma­turgo al­ma­dense, com dois es­pec­tá­culos: O Cravo Es­pa­nhol, uma pro­dução do Te­atro da Terra en­ce­nada por Maria João Luís, e Bo­necos de Luz, da Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada, com en­ce­nação do seu di­rector, Ro­drigo Fran­cisco. Nome des­ta­cado do neo-re­a­lismo e da sua «ba­talha pelo con­teúdo», Romeu Cor­reia mer­gulha nestas duas peças na cul­tura po­pular, da qual era pro­fun­da­mente co­nhe­cedor.

Outro ani­ver­sário ce­le­brado na edição deste ano do Avan­te­atro é o 150.º de Raul Brandão, através de uma cri­ação ins­pi­rada na sua obra Os Pes­ca­dores: Pelos que Andam sobre as Águas do Mar é uma cri­ação da Ga­la­teia – Edição e Pro­dução Cul­tural, em par­ceria com os mu­ni­cí­pios de Se­túbal, Se­simbra, Mon­tijo e Na­zaré. A en­ce­nação é de Mi­guel Jesus.

Já fora das justas e úteis ho­me­na­gens, surge João D., adap­tação de An­tónio Jorge da obra de Ja­vier Tomeo Amado Mons­truo, que se de­fine como um «es­pec­tá­culo na fron­teira entre o ab­surdo e o na­tu­ra­lismo, com al­guns mo­mentos de co­média». Trans/​missão, por seu lado, ex­plora com humor a «tensão entre o pensar e o agir e a nossa apa­rente in­ca­pa­ci­dade de passar dos di­ag­nós­ticos à mu­dança con­creta», numa fusão entre a mú­sica e o te­atro e com re­curso à fo­to­grafia. Es­crito e di­ri­gido por Ana Vi­to­rino, Carlos Costa e João Mar­tins, é uma co-pro­dução Vi­sões Úteis e Te­atro Mu­ni­cipal do Porto, em par­ceria com o De­par­ta­mento de So­ci­o­logia da FLUP, Mira Forum, Nefup, Porta-Jazz, So­nos­copia e Te­atro de Ferro.

Car­ri­pana, es­pec­tá­culo de te­atro e dança, de­corre a bordo de uma car­rinha li­geira de mer­ca­do­rias e parte de três pa­la­vras com li­gação ao uni­verso al­garvio: vento, cha­péus, marés. Ini­ci­al­mente con­ce­bido para um pú­blico pré-es­colar, Car­ri­pana evo­luiu e tem hoje um ca­rácter eclé­tico. Criado e in­ter­pre­tado por João de Brito e Ma­nuela Pe­droso, re­sulta de uma co-pro­dução LAMA/ Te­atro Mu­ni­cipal de São Luiz.

Para a in­fância, o Avan­te­atro propõe As Aven­turas de Gui­nhol, da Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada (a en­ce­nação é de Te­resa Ga­feira), e D. Qui­xote de La Mancha, pela Ce­gada Grupo de Te­atro.

 



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