Greve parou oficinas da Multiauto

A grande adesão à greve de três dias dos trabalhadores da Multiauto, em Setúbal, Beja, Évora e Sines, levou à paralisação das oficinas na segunda-feira, dia 26. Novas paralisações foram marcadas para ontem e para amanhã, dia 30.
O SITE Sul informou ainda que, nos períodos de greve, os trabalhadores iriam estar concentrados à porta das instalações, das 9 às 11 e das 15 às 17 horas, distribuindo um documento a explanar os motivos da luta.
A administração quebrou a promessa de actualização do subsídio de alimentação em Maio, o que «fez transbordar a revolta e indignação dos trabalhadores», lembra o sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN. Na nota de imprensa que divulgou após o primeiro período de greve, o SITE Sul recorda ainda que é exigida «a efectiva negociação» do aumento real dos salários e outras matérias do caderno reivindicativo, acusando a administração de querer prolongar os «já 10 longos anos de política de baixos salários e de retirada de direitos».

 

Segurança dos aeroportos

O Sitava saudou os trabalhadores da segurança aeroportuária (técnicos APA) «pela sua coragem e determinação» na greve de dias 24 e 25, enfrentando «ameaças e perseguições, trocas de horários compulsivas, exonerações de funções de chefia», «entre outras situações abusivas».
Num comunicado que divulgou esta segunda-feira, 26, o sindicato da Fectrans/CGTP-IN destacou que a luta colocou na ordem do dia a falta de condições que a Securitas e a Prosegur lhes impõem. «Nunca foi cumprido» o despacho do INAC que, em 2003, serviu para a atribuição das licenças a estas empresas, particularmente no ponto em que requer estabilidade de emprego, realização profissional, perspectivas de carreira e reconhecimento do bom desempenho dos trabalhadores, protestou o Sitava, apelando ao prosseguimento da luta.
No domingo, durante a concentração no exterior do aeroporto de Lisboa, dirigentes do sindicato consideraram «bastante satisfatória» a adesão à greve, estimada em cerca de 50 por cento, e acusaram o Governo de «mais uma vez» se pôr do lado das empresas, ao decretar serviços mínimos equivalentes a 50 por cento do serviço normal.

 



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