Museus gratuitos aos domingos e feriados por proposta do PCP

CUL­TURA O Se­cre­tário-geral do PCP vi­sitou, do­mingo, 2, o Museu Na­ci­onal Grão Vasco, em Viseu, as­si­na­lando a im­ple­men­tação da gra­tui­ti­dade dos mu­seus e mo­nu­mentos na­ci­o­nais aos do­mingos e fe­ri­ados até às 14 horas.

O PCP en­cara a cul­tura não como um luxo ou um pri­vi­légio

 

Je­ró­nimo de Sousa, acom­pa­nhado pelos can­di­datos da CDU aos ór­gãos au­tár­quicos do con­celho de Viseu e por di­ri­gentes re­gi­o­nais do Par­tido, su­bli­nhou no final da vi­sita a im­por­tância da con­cre­ti­zação da pro­posta que partiu do PCP e que abrange todos os re­si­dentes em ter­ri­tório na­ci­onal, o que tem «um sig­ni­fi­cado maior, tendo em conta que muitos por­tu­gueses, por ra­zões eco­nó­micas, estão im­pe­didos de vi­sitar mu­seus».

 

A pro­posta dos co­mu­nistas de al­te­ração da pro­posta de lei do Or­ça­mento do Es­tado para 2017, que de­ter­mi­nava a re­po­sição da gra­tui­ti­dade da en­trada dos mu­seus e mo­nu­mentos na­ci­o­nais, nos do­mingos e fe­ri­ados, até às 14 horas, foi apro­vada na As­sem­bleia da Re­pú­blica, na es­pe­ci­a­li­dade, em No­vembro de 2013.

 

Fruição cul­tural
Por­tugal é dos países que, no quadro da União Eu­ro­peia, menos in­veste em cul­tura, ocu­pando o 21.º lugar entre 25 países ava­li­ados. Daí que esta ini­ci­a­tiva le­gis­la­tiva, con­tri­buindo para au­mentar o acesso e a fruição cul­tural, seja «de grande im­por­tância, um acto de cul­tura em si mesmo», va­lo­rizou o Se­cre­tário-geral do PCP, acres­cen­tando: «Com esta de­cisão, os mi­lhares de por­tu­gueses que con­ti­nuam a não ter di­nheiro para vi­sitar mu­seus e mo­nu­mentos na­ci­o­nais passam a ter acesso mais alar­gado ao pa­tri­mónio que é de todos e que me­rece ser de­fen­dido e co­nhe­cido».

 

«O PCP en­cara a cul­tura não como um luxo ou um pri­vi­légio, mas como um pilar do re­gime de­mo­crá­tico e con­dição para a for­mação in­te­gral do in­di­víduo, es­sen­cial para a eman­ci­pação in­di­vi­dual e co­lec­tiva», disse ainda.

 

Falta de meios
Em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas, Je­ró­nimo de Sousa mos­trou-se ainda pre­o­cu­pado com as ques­tões de se­gu­rança que podem vir a ser le­van­tadas pela falta de meios téc­nicos e hu­manos no Museu Na­ci­onal Grão Vasco. «Es­tamos pe­rante um museu na­ci­onal, e ter esse es­ta­tuto é im­por­tante, mas, de­pois, os meios téc­nicos e hu­manos não acom­pa­nham essa de­cisão, o que le­vanta pro­blemas de se­gu­rança, por não pre­en­chi­mento de lu­gares que ter­mi­naram com a saída de muitos tra­ba­lha­dores», sus­tentou.

 

À porta do Museu Grão Vasco, mi­li­tantes da or­ga­ni­zação local do Par­tido dis­tri­buíram aos vi­si­tantes o fo­lheto que as­si­na­lava a en­trada em vigor desta im­por­tante me­dida de «Cul­tura para todos».

 

En­tradas li­mi­tadas
Re­corde-se que até 2011 o acesso aos mu­seus e mo­nu­mentos ge­ridos pela Di­recção Geral do Pa­tri­mónio Cul­tural também era gra­tuita aos do­mingos e fe­ri­ados, mas com a en­trada em fun­ções do go­verno PSD/​CDS a gra­tui­ti­dade foi res­trin­gida ao pri­meiro do­mingo de cada mês.

 

Agora, a me­dida abrange a Casa-Museu Dr. Anas­tácio Gon­çalves, Lisboa; o Museu de Arte Po­pular, Lisboa; o Museu do Chiado – Museu Na­ci­onal de Arte Con­tem­po­rânea, Lisboa; o Museu Grão Vasco, Viseu; o Museu Mo­no­grá­fico de Co­ním­briga, Con­deixa-a-Nova; o Museu Na­ci­onal de Ar­que­o­logia, Lisboa; o Museu Na­ci­onal de Arte An­tiga, Lisboa; o Museu Na­ci­onal do Azu­lejo, Lisboa; o Museu Na­ci­onal dos Co­ches, Lisboa; o Museu Na­ci­onal de Et­no­logia, Lisboa; o Museu Na­ci­onal Ma­chado de Castro, Coimbra; o Museu Na­ci­onal So­ares dos Reis, Porto; o Museu Na­ci­onal do Te­atro, Lisboa; o Museu Na­ci­onal do Traje, Lisboa; o Pa­lácio Na­ci­onal da Ajuda, Lisboa; o Pa­lácio Na­ci­onal de Mafra; o Con­vento de Cristo, Tomar; o Mos­teiro de Al­co­baça; o Mos­teiro da Ba­talha; o Mos­teiro de Je­ró­nimos, Lisboa; o Pan­teão Na­ci­onal, Lisboa; a Torre de Belém, Lisboa.




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