Unidade e luta para combater a exploração

Num co­mu­ni­cado re­cente, a cé­lula dos tra­ba­lha­dores co­mu­nistas das em­presas do Parque In­dus­trial da Au­to­eu­ropa apela à adesão ao PCP dos seus com­pa­nheiros de tra­balho, con­si­de­rando-a «a de­cisão certa que te de­fende a ti e à tua classe». A in­ter­venção do Par­tido nas em­presas, acres­centa, «tem con­tri­buído para vá­rias vi­tó­rias na luta pela me­lhoria» das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores.

Entre estes avanços, a cé­lula re­alça o au­mento dos sa­lá­rios e dos sub­sí­dios de ali­men­tação e trans­porte, a par da ma­nu­tenção do des­canso com­pen­sa­tório por tra­balho ex­tra­or­di­nário (e da re­tri­buição por esse mesmo tra­balho), mais três dias de fé­rias, pré­mios de as­si­dui­dade e ob­jec­tivos, entre ou­tros. Nou­tros casos, ve­ri­fi­cados em uni­dades do parque, tra­ba­lha­dores com vín­culo pre­cário pas­saram aos qua­dros das em­presas e nou­tras si­tu­a­ções foram rein­te­grados vá­rios tra­ba­lha­dores ile­gal­mente des­pe­didos, acres­centa-se no co­mu­ni­cado.

Se as vi­tó­rias al­can­çadas re­sultam da uni­dade dos tra­ba­lha­dores, da acção dos seus ór­gãos re­pre­sen­ta­tivos e da in­ter­venção do PCP, este pre­cisa de ser mais forte e de ter mais mi­li­tantes, mais in­ter­venção e mais in­fluência, su­blinha a cé­lula.

 

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O PCP, através dos Sec­tores Pro­fis­si­o­nais e Grandes Em­presas do Porto, di­rigiu aos tra­ba­lha­dores da Ca­e­tano Bus um co­mu­ni­cado no qual se so­li­da­riza com a sua luta e re­pudia a ins­tau­ração de pro­cessos dis­ci­pli­nares por parte da ad­mi­nis­tração. Num ar­tigo in­ti­tu­lado «Quem tem medo da luta dos tra­ba­lha­dores?», o Par­tido re­alça que o único «de­lito» co­me­tido por estes tra­ba­lha­dores foi rei­vin­dicar au­mentos sa­la­riais e lutar contra a dis­cri­mi­nação, por vín­culos de tra­balho efec­tivos, contra a pre­ca­ri­e­dade e por me­lhores con­di­ções de vida e tra­balho».

Acu­sando a ad­mi­nis­tração de, com os pro­cessos dis­ci­pli­nares, tentar que­brar a uni­dade e a luta dos tra­ba­lha­dores, o PCP re­alça que o que essa ati­tude ver­da­dei­ra­mente de­monstra é «medo da luta or­ga­ni­zada e muita falta de res­peito por quem produz ri­queza». O que os tra­ba­lha­dores exigem, ga­rante ainda o Par­tido, é apenas e só «que uma parte da ri­queza pro­du­zida seja dis­tri­buída por todos, mais jus­tiça na dis­tri­buição, fim da dis­cri­mi­nação e que não fique tudo nos bolsos do ca­pital».

Certo de que os tra­ba­lha­dores da Ca­e­tano Bus não se dei­xarão in­ti­midar nem di­vidir, o PCP ga­rante todo o seu apoio e so­li­da­ri­e­dade à sua justa luta.

 

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«Es­ta­giar para a pre­ca­ri­e­dade – a evo­lução do tra­balho pre­cário nas or­ques­tras por­tu­guesas» é o tí­tulo do texto prin­cipal do mais re­cente nú­mero do bo­letim Vozes ao Alto, do sub-sector das Artes do Es­pec­tá­culo da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Lisboa do PCP. O ar­tigo inicia-se pre­ci­sa­mente pela de­núncia de que se tornou «prá­tica comum em al­gumas or­ques­tras por­tu­guesas o pre­en­chi­mento de lu­gares por es­ta­giá­rios», nor­mal­mente alunos a fi­na­lizar ou que fi­na­li­zaram re­cen­te­mente as suas li­cen­ci­a­turas, a quem é pro­posto um con­trato es­po­rá­dico e uma re­tri­buição muito in­fe­rior à au­fe­rida pelos mú­sicos pro­fis­si­o­nais.

Sendo os es­tá­gios po­si­tivos para os tra­ba­lha­dores – neste caso os mú­sicos – ga­nharem ex­pe­ri­ência, eles devem ser con­dig­na­mente re­mu­ne­rados e não, como su­cede, ser­virem para baixar o valor do tra­balho de todos. Findo o pe­ríodo do es­tágio, exige o PCP, «deve pro­ceder-se à in­te­gração dos tra­ba­lha­dores nos qua­dros das or­ques­tras e não o uso su­ces­sivo e abu­sivo desta fi­gura», o que não só é justo como «pro­move a con­so­li­dação mu­sical e a qua­li­dade ar­tís­tica do pro­jecto».

Lem­bram ainda os co­mu­nistas que este quadro de pre­ca­ri­e­dade se ve­ri­fica também nou­tros con­textos do meio mu­sical. Para além de me­didas po­lí­ticas que urge im­ple­mentar, o PCP ga­rante que só com a uni­dade e or­ga­ni­zação destes tra­ba­lha­dores é pos­sível com­bater efec­ti­va­mente a ex­plo­ração que grassa no sector.

 



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