TJUE suspende acordo com Canadá sobre registo de passageiros

O acordo sobre a trans­fe­rência e o tra­ta­mento dos dados dos re­gistos de iden­ti­fi­cação dos pas­sa­geiros (PNR), as­si­nado em 2014 entre a União Eu­ro­peia e o Ca­nadá, viola em vá­rias dis­po­si­ções os di­reitos fun­da­men­tais ins­critos na le­gis­lação co­mu­ni­tária.
Numa sen­tença emi­tida dia 26, na sequência de um pe­dido do Par­la­mento Eu­ropeu, o Tri­bunal de Jus­tiça da União Eu­ro­peia con­si­dera que a trans­fe­rência dos dados da União para o Ca­nadá e as re­gras sobre a sua con­ser­vação, uti­li­zação e even­tual trans­fe­rência para au­to­ri­dades pú­blicas ca­na­di­anas, eu­ro­peias ou es­tran­geiras, «con­subs­tan­ciam uma in­ge­rência no di­reito fun­da­mental ao res­peito da vida pri­vada» e «à pro­tecção dos dados pes­soais».
O tri­bunal sa­li­enta, em par­ti­cular, que o acordo ad­mite a trans­fe­rência de dados sen­sí­veis, ou seja, o con­junto das in­for­ma­ções que re­velem a «origem ra­cial ou ét­nica, as opi­niões po­lí­ticas, as con­vic­ções re­li­gi­osas ou fi­lo­só­ficas, a fi­li­ação sin­dical» ou sobre «a saúde e a vida se­xual».
Estas in­ge­rên­cias, con­si­dera o tri­bunal, «são jus­ti­fi­cadas pela pros­se­cução de um ob­jec­tivo de in­te­resse geral», porém «não se li­mitam ao es­tri­ta­mente ne­ces­sário e não pre­vêem re­gras claras e pre­cisas».
Em face destas e de ou­tras dis­po­si­ções não con­formes com o di­reito da UE, o Tri­bunal de­ter­mina que o acordo «não pode ser ce­le­brado



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