Tensão sobe na península coreana

Os Es­tados Unidos vão des­locar para a Co­reia do Sul 12 caças F-16, em res­posta ao re­cente lan­ça­mento de um míssil ba­lís­tico in­ter­con­ti­nental pela Co­reia do Norte.

As au­to­ri­dades mi­li­tares es­tado-uni­denses ex­plicam que se trata de um me­dida vi­sando «cum­prir as res­pon­sa­bi­li­dades de se­gu­rança no Pa­cí­fico Oci­dental». Para agência sul-co­reana Yo­nhap, «é uma de­mons­tração do com­pro­misso con­tínuo do Pen­tá­gono com a se­gu­rança re­gi­onal».

Os aviões e cerca de 200 mi­li­tares do 176.º Es­qua­drão de Com­bate da Guarda Na­ci­onal Aérea de Wis­consin che­garão em Agosto à Base Aérea de Kunsan, a 180 qui­ló­me­tros de Seul, «para uma ro­tação de quatro meses».

Por seu lado, a em­bai­xa­dora dos EUA nas Na­ções Unidas, Nikki Haley, pediu que se au­mente a pressão in­ter­na­ci­onal sobre Pyonyang. A di­plo­mata afirmou na se­gunda-feira que «acabou» o tempo para se falar sobre a Co­reia do Norte.

Após o teste do míssil norte-co­reano Hwa­song-14, na se­mana pas­sada, os EUA le­varam a cabo, no Pa­cí­fico, uma prova com o sis­tema de de­fesa anti-míssil THAAD, também ins­ta­lado na Co­reia o Sul.

Pa­ra­le­la­mente, os EUA e a Co­reia do Sul re­a­li­zaram exer­cí­cios con­juntos com lan­ça­mento de mís­seis ba­lís­ticos. Foram uti­li­zados pro­jéc­teis sul-co­re­anos Hyunmoo-2, assim como mís­seis terra-terra Atacms, de fa­brico norte-ame­ri­cano, ambos com um al­cance de 300 qui­ló­me­tros. Além disso, dois bom­bar­deiros B-1B, dos EUA, so­bre­vo­aram a pe­nín­sula co­reana, es­col­tados por caças sul-co­re­anos e ja­po­neses.

Face a estes jogos de guerra, a Rússia ma­ni­festou «grande pre­o­cu­pação» pela es­ca­lada de tensão, cri­ti­cando tanto o lan­ça­mento do míssil por Pyongyang como o au­mento da ac­ti­vi­dade mi­litar dos EUA, da Co­reia do Sul e do Japão na zona.

Já a China, através do seu pre­si­dente, Xi Jin­ping, re­a­firmou que as suas forças ar­madas estão pre­pa­radas para de­fender a so­be­rania na­ci­onal e a in­te­gri­dade ter­ri­to­rial.

Xi pro­feriu estas de­cla­ra­ções num dis­curso por oca­sião dos 90 anos do Exér­cito Po­pular de Li­ber­tação, fun­dado a 1 de Agosto de 1927 sobre a di­recção do Par­tido Co­mu­nista da China.




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