UMA FESTA SEM IGUAL

«Re­po­sição, de­fesa e con­quista de di­reitos é factor de pro­gresso»

A uma se­mana da Festa do Avante! cresce o nú­mero da­queles – mi­li­tantes, amigos do PCP e da Festa – que não se poupam a es­forços para a di­vulgar, vender a EP, cons­truir, or­ga­nizar os trans­portes e o fun­ci­o­na­mento. Nos dias 1, 2 e 3 de Se­tembro, no seu lindo es­paço desde o ano pas­sado alar­gado, so­bran­ceiro ao rio Tejo e à baía do Seixal com uma fan­tás­tica vista pa­no­râ­mica sobre a ci­dade de Lisboa a Festa de Abril vol­tará a ser ex­pressão con­creta deste pro­jecto po­lí­tico sin­gular.

Ainda são muitos os tra­ba­lhos a con­cre­tizar para que a Festa possa abrir as suas portas no pró­ximo dia 1, mas a sua di­vul­gação e venda da EP devem me­recer uma atenção par­ti­cular, tanto mais que esta festa não conta com o tra­ta­mento, va­lo­ri­zação e pro­jecção que era justo que ti­vesse como re­le­vante acon­te­ci­mento po­lí­tico-cul­tural na vida do País, nos prin­ci­pais ór­gãos da co­mu­ni­cação so­cial.

É pre­ciso tomar as me­didas ne­ces­sá­rias para apro­veitar toda esta imensa força mi­li­tante, alar­gando a rede de con­tactos junto de todos aqueles que não co­nhecem a Festa e podem ser ga­nhos para virem des­frutá-la; dos que a co­nhecem e, pelas mais di­versas cir­cuns­tân­cias da vida, in­ter­rom­peram a sua vinda po­dendo ser mo­ti­vados a voltar; e dos que todos os anos com­pram a EP desde que al­guém os con­tacte e mo­bi­lize.

A Re­vista da Festa – já à venda – contém toda a pro­gra­mação e, no pró­ximo sá­bado, dia 26, o Se­cre­tário-geral do PCP di­ri­girá uma sau­dação aos cons­tru­tores. E, tal como em 2016, o Avante! pu­bli­cará no sá­bado, dia 2, uma edição es­pe­cial e ex­clu­siva de­di­cada a esta Festa.

Desta forma, a Festa do Avante! vol­tará a ser este ano com mais força ainda a com­bi­nação di­nâ­mica dum imenso pro­grama de ini­ci­a­tivas po­lí­tico-cul­tu­rais, no­me­a­da­mente, a ini­ci­a­tiva de aber­tura e o grande co­mício de do­mingo, es­pec­tá­culos, provas des­por­tivas, ex­po­si­ções, de­bates, ci­ência, gas­tro­nomia, ar­te­sa­nato, a 20.ª edição da Bi­enal de artes plás­ticas, a festa do livro e do disco, o es­paço cri­ança, a ci­dade da ju­ven­tude, o es­paço in­ter­na­ci­onal, o ci­ne­a­vante e o avan­te­atro.

As di­versas ini­ci­a­tivas da CDU re­a­li­zadas nos úl­timos dias, muitas delas com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP, con­ti­nuam a con­firmar o bom am­bi­ente em torno das can­di­da­turas da CDU, a força po­lí­tica que con­corre a um maior nú­mero de câ­maras mu­ni­ci­pais do País: tre­zentas e quatro.

É pre­ciso agora pre­parar os pro­gramas e pla­ni­ficar as ac­ções da pré-cam­panha e da cam­panha elei­toral, sem es­quecer a im­por­tância da Festa do Avante! onde vai ter lugar o maior co­mício da fase final da pré-cam­panha elei­toral e de ar­ranque  da nova fase de pre­pa­ração destas elei­ções.

E eta se­mana entre ou­tros  acon­te­ci­mentos, as ac­ções ter­ro­ristas de Bar­ce­lona, os in­cên­dios flo­res­tais e os efeitos das de­cla­ra­ções de Do­nald Trump sobre a Ve­ne­zuela, jus­ti­ficam uma abor­dagem.

Sobre o aten­tado ter­ro­rista em Bar­ce­lona, su­blinha-se a po­sição de fundo do Par­tido de re­púdio pelo ter­ro­rismo, que ob­jec­ti­va­mente serve sempre os in­te­resses do grande ca­pital. Mas a pro­pó­sito das de­rivas se­cu­ri­tá­rias que se lhes se­guem e num quadro em que estes aten­tados estão a ser tra­tados como se ti­vessem ocor­rido em ter­ri­tório na­ci­onal, o PCP re­a­firma igual­mente que não são acei­tá­veis ten­ta­tivas de li­mi­tação às li­ber­dades e aos di­reitos das po­pu­la­ções.

Sobre a si­tu­ação dos in­cên­dios flo­res­tais, o PCP in­siste que uma das prin­ci­pais causas da sua ocor­rência e pro­gressão re­sulta dos efeitos acu­mu­lados de dé­cadas de po­lí­tica de di­reita, da res­pon­sa­bi­li­dade de go­vernos do PS, PSD e CDS e que, pela sua di­mensão e con­sequên­cias, hoje ex­põem mais vul­ne­ra­bi­li­dades.

O PCP va­lo­riza os con­tri­butos po­si­tivos que deu para a le­gis­lação sobre a flo­resta re­cen­te­mente apro­vada pela AR e que agora pre­cisa de meios fi­nan­ceiros ade­quados no quadro do Or­ça­mento do Es­tado e que o Se­cre­tário-geral do PCP teve a opor­tu­ni­dade de re­lem­brar na vi­sita efec­tuada a Pe­drógão na pas­sada quinta-feira.

O PCP con­dena e re­pudia as de­cla­ra­ções de Do­nald Trump de ameaça de re­curso à agressão mi­litar contra a Ve­ne­zuela e o seu povo, que são aten­ta­tó­rias da le­ga­li­dade in­ter­na­ci­onal e da so­be­rania e in­de­pen­dência deste Es­tado la­tino-ame­ri­cano.

Entre­tanto, a si­tu­ação e a au­sência de res­posta a pro­blemas eco­nó­micos e so­ciais co­loca como in­con­tor­nável o de­sen­vol­vi­mento da luta de massas, em pri­meiro lugar a partir das em­presas e lo­cais de tra­balho, de­sig­na­da­mente onde se re­gista novas ofen­sivas em torno dos ho­rá­rios de tra­balho (como é o caso, entre ou­tros, da Na­vi­gator, Delphi e Au­to­eu­ropa), e das po­pu­la­ções.

A evo­lução po­si­tiva de dados eco­nó­micos e so­ciais con­firma a po­sição do PCP de que a re­po­sição, de­fesa e con­quista de di­reitos e ren­di­mentos é factor de pro­gresso eco­nó­mico, ca­re­cendo, para se con­so­lidar, de me­didas de de­fesa da pro­dução na­ci­onal e de res­posta ao con­junto dos pro­blemas na­ci­o­nais. E des­mente as po­si­ções do PSD e do CDS que pro­pa­gan­de­aram a falsa ideia de que o ca­minho para o cres­ci­mento eco­nó­mico pas­sava por  cortes e roubos sem fim. No en­tanto, estes dados não apagam nem iludem, como o PS faz, os pro­blemas es­tru­tu­rais do País que é pre­ciso ul­tra­passar. O que exige a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, a li­ber­tação dos cons­tran­gi­mentos da União Eu­ro­peia e a con­cre­ti­zação duma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda.