Venezuela denuncia ilegalidade das sanções dos Estados Unidos

As novas sanções económicas e financeiras dos EUA impostas à Venezuela «violam a legalidade internacional e a Carta das Nações Unidas» e confirmam «um caminho imperial de agressão contra a Venezuela, a América Latina, o Caribe e os povos do Sul», considerou o presidente venezuelano.

Nicolás Maduro afirmou que Trump «pretende impor um bloqueio para asfixiar económica e financeiramente a República Bolivariana de Venezuela». E anunciou que o governo de Caracas adoptará medidas para proteger as finanças do país, prevendo que «tudo o que estão a tentar fazer contra a Venezuela fracassará e a Venezuela será mais livre, más forte, mais independente».

Washington impôs, no dia 25, novas sanções contra a Venezuela, visando a economia e o sistema financeiro. Uma ordem executiva presidencial proíbe que qualquer pessoa, entidade, empresa ou associação, radicada ou com actividades nos EUA, possa negociar títulos de dívida soberana emitidos pelo Banco Central ou pela empresa estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).

As sanções afectam também a empresa Citgo, de capital venezuelano, presente em muitas cidades dos EUA, com mais de cinco mil estações de serviço que vendem combustíveis processados a partir de crude extraído na Venezuela.

Maduro denunciou os dirigentes da Mesa de Unidade Democrática (MUD), da oposição, que primeiro pediram sanções contra o seu próprio país e depois as apoiaram, «como parte do plano de desestabilização da Venezuela». E solicitou ao Tribunal Supremo de Justiça e à Assembleia Nacional Constituinte que determinem as responsabilidades legais desses promotores das sanções e iniciem uma acção judicial por traição à pátria.




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