DAR MAIS FORÇA À CDU

«Por novos passos na de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos»

Ainda sob o im­pacto po­si­tivo da gran­diosa re­a­li­zação po­lí­tico-cul­tural que foi a Festa do Avante! e que só um Par­tido como o PCP seria capaz de re­a­lizar ao mesmo tempo que tra­vava im­por­tantes com­bates, a si­tu­ação po­lí­tica é agora mar­cada pelo de­sen­vol­vi­mento da cam­panha elei­toral a pouco mais de quinze dias das elei­ções au­tár­quicas de 1 de Ou­tubro.

A CDU in­ten­si­fica o con­tacto di­recto com as po­pu­la­ções en­vol­vendo neste es­forço de es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação os seus mi­lhares de can­di­datos, a maior parte dos quais in­de­pen­dentes, pro­jec­tando a imagem de Tra­balho, Ho­nes­ti­dade e Com­pe­tência que ca­rac­te­riza a Co­li­gação De­mo­crá­tica Uni­tária, PCP-PEV, e pro­cu­rando po­ten­ciar apoios ao seu pro­jecto au­tár­quico dis­tin­tivo. Neste âm­bito, as­si­nala-se as vá­rias ini­ci­a­tivas de cam­panha no­me­a­da­mente aquelas que com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP ocor­reram esta se­mana num am­bi­ente de grande di­na­mismo e com boa par­ti­ci­pação.

No mesmo sen­tido, o PCP con­tinua a in­tervir pela de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos, re­lem­brando que foi graças à luta dos tra­ba­lha­dores e do povo e à sua de­ter­mi­nante in­ter­venção que foi pos­sível repor di­reitos e ren­di­mentos como se está a notar, pelo se­gundo mês con­se­cu­tivo, no au­mento das pen­sões e, na se­mana em que se dá a aber­tura do novo ano lec­tivo, na grande pou­pança que re­pre­senta para as fa­mí­lias a gra­tui­ti­dade dos ma­nuais es­co­lares para todos os alunos dos quatro anos do 1.º ciclo do En­sino Bá­sico.

Por outro lado, con­tra­ri­ando e des­men­tindo li­nhas de es­pe­cu­lação, com climas de dú­vida e até de dra­ma­ti­zação sobre a po­sição que irá as­sumir pe­rante o Or­ça­mento do Es­tado para 2018, o PCP re­a­firma que, pros­se­guindo o exame comum deste im­por­tante ins­tru­mento de po­lí­tica or­ça­mental, con­si­dera in­fun­dadas e abu­sivas ten­ta­tivas de o amarrar a po­si­ções que não tomou e que, como sempre acon­teceu, serão de­fi­nidas em função do re­sul­tado do exame dos ele­mentos con­cretos em pre­sença. E, se é ver­dade que fora deste quadro de aná­lise qual­quer con­clusão é ex­tem­po­rânea e in­fun­dada, não é menos ver­dade que é pre­ciso dar mais força à CDU. Quanto mais forte sair a CDU desta ba­talha elei­toral me­lhores serão as con­di­ções para, a nível local, re­solver os pro­blemas das po­pu­la­ções. Mas, ao mesmo tempo, uma CDU mais forte dará mais força à luta para me­lhor de­fender os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País; me­lhores con­di­ções ha­verá para levar mais longe a po­lí­tica de de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos; para der­rotar po­si­ções in­te­res­sadas no re­torno à po­lí­tica de ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento dos anos de chumbo do go­verno PSD/​CDS.

É neste quadro que se de­sen­volve uma in­tensa in­ter­venção do PCP também na As­sem­bleia da Re­pú­blica, onde na se­gunda-feira, 18, se ini­ciam as ses­sões ple­ná­rias da ter­ceira sessão le­gis­la­tiva da XIII Le­gis­la­tura com o PCP a tomar a ini­ci­a­tiva na apre­sen­tação de um di­ver­si­fi­cado con­junto de ini­ci­a­tivas le­gis­la­tivas, entre muitas ou­tras, pela al­te­ração da le­gis­lação la­boral, de­fesa dos ser­viços pú­blicos e re­po­sição das fre­gue­sias.

É igual­mente neste quadro que o PCP conduz uma luta de fundo pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e com os cons­tran­gi­mentos ex­ternos que im­pedem so­lu­ções de fundo para os pro­blemas es­tru­tu­rais que afectam o País e que só uma al­ter­na­tiva po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda tem con­di­ções de ga­rantir.

De facto, com a re­po­sição de di­reitos e ren­di­mentos foi pos­sível fazer crescer a eco­nomia e criar em­prego, como evi­den­ciam in­di­ca­dores eco­nó­micos re­cen­te­mente di­vul­gados, mas muito aquém do que é pos­sível e ne­ces­sário ao de­sen­vol­vi­mento so­be­rano do País.

É pre­cisa outra po­lí­tica, um novo rumo po­lí­tico para o País que dê par­ti­cular atenção ao nosso apa­relho pro­du­tivo e à pro­dução na­ci­onal; que res­ponda à ne­ces­si­dade de rein­dus­tri­a­li­zação e ao apro­vei­ta­mento dos re­cursos exis­tentes; que pro­mova o de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico com pri­o­ri­dade ao in­ves­ti­mento pú­blico; que as­se­gure a so­be­rania ali­mentar, ener­gé­tica e o de­sen­vol­vi­mento ci­en­tí­fico e tec­no­ló­gico; que de­sen­volva a agri­cul­tura e va­lo­rize e or­dene a flo­resta; que va­lo­rize o tra­balho e os tra­ba­lha­dores; que as­se­gure uma ad­mi­nis­tração e ser­viços pú­blicos ao ser­viço do povo e do País; que pro­mova a jus­tiça fiscal e de­fenda o re­gime de­mo­crá­tico; que as­se­gure o cum­pri­mento da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa.

E en­quanto o PCP de­sen­volve esta in­tensa ac­ti­vi­dade em de­fesa dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País, em que se in­clui a ba­talha elei­toral pela afir­mação da CDU, as­siste-se, por outro lado, e sob os mais di­versos pre­textos, ao de­sen­vol­vi­mento de uma in­si­diosa cam­panha ide­o­ló­gica contra o Par­tido, vi­sando to­lher a sua acção, per­turbar a cam­panha elei­toral da CDU e pre­ju­dicar os seus re­sul­tados elei­to­rais, re­cor­rendo à de­tur­pação e ao in­sulto e a ve­lhas e novas formas de an­ti­co­mu­nismo.

Mas, como su­bli­nhou o Se­cre­tário-geral do PCP, na sua in­ter­venção na Festa do Avante!, este Par­tido, que re­for­çamos na in­ter­venção de todos os dias, pros­se­guirá a luta pelo ideal e o pro­jecto co­mu­nista que a re­a­li­dade do mundo de hoje re­a­firma como exi­gência da ac­tu­a­li­dade e do fu­turo.