PCP reafirma compromisso com os trabalhadores e o povo

FU­TURO Em Ma­to­si­nhos e Vila Franca de Xira, onde se re­a­li­zaram grandes co­mí­cios do PCP, nos dias 5 e 6 de Ou­tubro, Je­ró­nimo de Sousa falou sobre os re­sul­tados das úl­timas elei­ções au­tár­quicas e da ne­ces­si­dade de «dar novos passos e avanços», para me­lhorar as con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores e do povo. Apelou ainda ao re­forço do Par­tido, que «está firme no seu ideal» e con­ti­nuará a lutar «todos os dias, em todas as frentes, pela cons­trução de um Por­tugal com fu­turo».

Avançar no de­sa­gra­va­mento fiscal dos tra­ba­lha­dores e re­for­mados

Na pas­sada sexta-feira, 6, mais de 300 pes­soas en­cheram – com muita fra­ter­ni­dade, con­fi­ança no fu­turo e força trans­for­ma­dora – o Salão dos Bom­beiros Vo­lun­tá­rios de Vila Franca de Xira. Antes das in­ter­ven­ções po­lí­ticas teve lugar um mo­mento cul­tural com Artur Alves, Vítor Paulo e Zé Pinho. Con­sigo trou­xeram mú­sicas de re­sis­tência e pro­testo: «Ve­nham mais cinco», «Vejam bem» e «Milho verde», de Zeca Afonso. Ter­mi­naram com «Pedra fi­lo­sofal», canção de Ma­nuel Freire, ba­seada no poema de An­tónio Ge­deão. Pelo meio, Fer­nando e Rita Am­brioso, pai e filha, su­biram ao palco para de­clamar «O ope­rário em cons­trução», de Vi­ni­cius de Mo­raes.

De­pois, para o palco, sob inin­ter­ruptas salvas de palmas, foram cha­mados, para além de José Ca­sa­leiro e Re­gina Ja­neiro (pri­meiros can­di­datos nas listas da CDU à As­sem­bleia e Câ­mara mu­ni­ci­pais de Vila Franca de Xira [VFX], res­pec­ti­va­mente), di­ri­gentes da JCP e do Par­tido, entre os quais Ar­mindo Mi­randa e Fran­cisco Lopes, dos or­ga­nismos exe­cu­tivos.

«Porque as re­a­li­dades se trans­formam», Luís Cai­xeiro, do Exe­cu­tivo da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Lisboa do PCP, ma­ni­festou con­fi­ança em que «dentro de quatro anos» o con­celho de VFX «será CDU».

Sobre os re­sul­tados ali al­can­çados, in­formou que a Co­li­gação PCP-PEV subiu de vo­tação nos ór­gãos mu­ni­ci­pais, assim como no con­junto das as­sem­bleias de fre­guesia. «Este facto tem um valor por si só. Sig­ni­fica que mais gente con­fiou na CDU», va­lo­rizou.

No dis­trito de Lisboa, a CDU afirmou-se como a grande força por­ta­dora de um pro­jecto au­tár­quico capaz de servir as po­pu­la­ções e ga­rantir o de­sen­vol­vi­mento dos con­ce­lhos, das fre­gue­sias e das lo­ca­li­dades. Para além das pre­si­dên­cias das câ­maras de Loures e So­bral de Monte Agraço e de 14 fre­gue­sias, a Co­li­gação PCP-PEV elegeu di­rec­ta­mente 352 can­di­datos e au­mentou a sua massa elei­toral em Lisboa, Loures e Oeiras.

De­ter­mi­nação e con­fi­ança
Em Ma­to­si­nhos [no Dia da Im­plan­tação da Re­pú­blica, fe­riado re­cu­pe­rado por pro­posta do PCP] não foi di­fe­rente. No Te­atro Cons­tan­tino Nery, também sob o lema «De­fender, repor, con­quistar di­reitos. Po­lí­tica pa­trió­tica de es­querda», os lu­gares sen­tados fi­caram com­ple­ta­mente pre­en­chidos bem antes da hora mar­cada para o início do co­mício. Também o átrio ra­pi­da­mente ficou cheio, com muitos mi­li­tantes e amigos do Par­tido a se­guir as in­ter­ven­ções trans­mi­tidas pelo sis­tema de som.

De­pois das mú­sicas in­ter­pre­tadas por Jorge Lomba, as re­ac­ções às in­ter­ven­ções po­lí­ticas, com palmas e pa­la­vras de ordem, ocor­reram si­mul­ta­ne­a­mente, em unís­sono, nos dois es­paços.

Paulo Ta­vares, da Co­missão Con­ce­lhia de Ma­to­si­nhos e da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Porto (DORP) do PCP, re­feriu que na­quele con­celho a CDU voltou a eleger um ve­re­ador (José Pedro Ro­dri­gues), dois mem­bros para a As­sem­bleia Mu­ni­cipal e re­pre­sen­tantes em todas as uniões de fre­guesia, o que «não foi ta­refa fácil». Por seu lado, Jaime Toga, res­pon­sável pela DORP e da Co­missão Po­lí­tica, falou do «com­pro­misso do PCP com os tra­ba­lha­dores e o povo», tendo elen­cado as em­presas do dis­trito com pro­cessos de luta em curso ou re­centes.

No final das duas ini­ci­a­tivas, as muitas cen­tenas de par­ti­ci­pantes can­taram os temas «Avante ca­ma­rada», de braço dado, e «A In­ter­na­ci­onal», de punho er­guido.

Podem contar com o PCP!

Nos co­mí­cios de Vila Franca de Xira e Ma­to­si­nhos, Je­ró­nimo de Sousa voltou a de­fender o au­mento do sa­lário mí­nimo para 600 euros já no início do pró­ximo ano. «Os tra­ba­lha­dores e o povo podem contar com o PCP para in­tervir e lutar para que se avance na de­fesa e re­po­sição dos seus di­reitos, em novos avanços e con­quistas que elevem as suas con­di­ções de vida», as­se­gurou.

De igual forma, re­cor­dando que o au­mento ex­tra­or­di­nário de pen­sões teve a in­ter­venção dos co­mu­nistas, pro­meteu aos re­for­mados a mesma de­ter­mi­nação para que em 2018 voltem a ter «um novo au­mento mí­nimo de 10 euros», indo mais além «do que re­sul­taria da mera apli­cação dos cri­té­rios da lei».

Também os tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica con­tarão com o PCP para que, em 2018, sejam eli­mi­nadas as res­tri­ções ao valor do tra­balho noc­turno, do tra­balho ex­tra­or­di­nário e às pro­gres­sões nas car­reiras.

Entre ou­tras pro­postas avan­çadas por Je­ró­nimo de Sousa, o Par­tido quer que sejam dados «passos na tri­bu­tação do ca­pital mo­no­po­lista e para de­sa­gravar fis­cal­mente os ren­di­mentos dos tra­ba­lha­dores e re­for­mados, am­pliar o nú­mero dos que tendo mais baixos sa­lá­rios devem ficar isentos do pa­ga­mento do IRS».




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