Luta na PT com 90 dias

A de­ter­mi­nação de pros­se­guir a luta foi re­a­fir­mada na se­gunda-feira, dia 9, numa con­cen­tração de di­ri­gentes e ac­ti­vistas das es­tru­turas de re­pre­sen­tação co­lec­tiva dos tra­ba­lha­dores das em­presas do Grupo PT, frente à sede deste, em Lisboa.

A ini­ci­a­tiva, que marcou a pas­sagem de 90 dias desde o início das ac­ções pú­blicas contra a «trans­missão» de tra­ba­lha­dores, de­correu du­rante o in­ter­valo de al­moço, das 12h30 às 14 horas, e faz parte do plano dis­cu­tido a 27 de Se­tembro, na reu­nião de di­ri­gentes da Co­missão de Tra­ba­lha­dores da MEO e de nove es­tru­turas sin­di­cais (entre as quais o Sinttav, o SNTCT e o STT, sin­di­catos da Fec­trans/​CGTP-IN).

A fe­de­ração, que es­teve re­pre­sen­tada com uma de­le­gação, adi­antou que está mar­cada uma tri­buna pú­blica para dia 23, no Porto.

Rita Rato, que in­ter­veio em re­pre­sen­tação do grupo par­la­mentar do PCP, in­sistiu na va­lo­ri­zação da luta e na exi­gência de uma acção firme do Go­verno, para im­pedir que a mul­ti­na­ci­onal Al­tice pros­siga a fraude da «trans­missão de es­ta­be­le­ci­mento» e para que acabe com a pressão sobre os tra­ba­lha­dores. A de­pu­tada re­a­firmou que o pro­cesso de al­te­ração da le­gis­lação la­boral, que de­corre no par­la­mento, tem de ser con­clu­sivo.

«Sem a luta dos tra­ba­lha­dores não teria sido pos­sível que a ACT e a mai­oria da AR ti­vessem to­mado de­ci­sões que irão levar à re­so­lução de uma parte do pro­blema (para fu­turas trans­mis­sões de em­presa ou es­ta­be­le­ci­mento)» e «ficou também claro que, na falta de res­posta do Go­verno, só a di­mensão da res­posta dos tra­ba­lha­dores e das ERCT obrigou à to­mada de tí­midas de­ci­sões», sa­li­enta-se no co­mu­ni­cado con­junto onde foram dadas a co­nhecer as prin­ci­pais con­clu­sões da reu­nião de 27 de Se­tembro.

Além da acção de dia 9, foi de­ci­dido re­a­lizar tri­bunas pú­blicas no Porto e em Lisboa e «ple­ná­rios pelo menos em todas as ca­pi­tais de dis­trito».

Como «pro­blemas que têm de ser en­fren­tados por todos nós», as or­ga­ni­za­ções re­pre­sen­ta­tivas apontam: a re­versão do pro­cesso de «trans­missão» dos tra­ba­lha­dores; os tra­ba­lha­dores sem fun­ções ou em fun­ções in­fe­ri­ores às do seu grupo pro­fis­si­onal; o as­sédio moral a que muitos estão su­jeitos; o fu­turo da PT Por­tugal e dos seus tra­ba­lha­dores.

 



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