Uma comissão de inquérito nomeada pelo governo francês admite que as forças policiais poderão ter feito uso excessivo da força durante acções contra os refugiados em Calais e Dunquerque.
O relatório da comissão refere actos de «violência, uso desproporcionado de gás lacrimogéneo e destruição de bens dos emigrantes», constatando que os agentes não usavam as placas de identificação, como determina o regulamento.
O relatório, que teve como base «testemunhos orais e escritos», foi elaborado a pedido do ministro do Interior, Gérard Collomb, depois de denúncias da organização Human Rights Watch.
O Ministério do Interior considerou entretanto que os indícios de «possíveis abusos» não são sustentados por provas formais, não permitindo por isso questionar de forma conclusiva o comportamento das forças policiais.
Em 2016, nos acampamentos nos arredores de Calais encontravam-se concentradas mais de sete mil pessoas.