O PCP pro­moveu no dia 27 uma con­fe­rência de im­prensa no Fun­chal, na qual re­tirou im­por­tantes con­clu­sões re­la­tivas ao pro­cesso de as­censão e queda do Banif, o quarto banco pri­vado a cons­ti­tuir-se e que tinha a sua sede na Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira. Uma pri­meira con­clusão aponta para as «des­ca­radas» li­ga­ções di­rectas entre os ór­gãos so­ciais do banco e a ad­mi­nis­tração pú­blica re­gi­onal, entre o que o PCP chama de «banco do re­gime» e o PSD/​Go­verno Re­gi­onal da Ma­deira. Pro­fun­da­mente li­gada a esta está a cons­ta­tação de que di­versos actos de go­verno e as ori­en­ta­ções po­lí­ticas do dito re­gime terão con­tri­buído de­ci­si­va­mente para prá­ticas de gestão da­nosa do banco e para a sua sub­se­quente queda. Uma ter­ceira con­clusão re­ti­rada pelos co­mu­nistas in­dica que «a pro­mis­cui­dade entre o poder po­lí­tico e o poder eco­nó­mico» e as re­la­ções entre os prin­ci­pais ac­ci­o­nistas do banco e o poder po­lí­tico na re­gião co­lo­caram o Banif «so­bre­tudo ao ser­viço dos in­te­resses dos seus ac­ci­o­nistas e dos seus amigos». O PCP acusa ainda os pro­ta­go­nistas e cúm­plices da queda do Banif es­tarem todos no PSD Ma­deira e no Go­verno Re­gi­onal e res­pon­sa­bi­liza-os pelo grave aten­tado à eco­nomia na­ci­onal e re­gi­onal, pois sa­biam em por­menor a si­tu­ação do banco.