PCP defende respeito pela vontade dos povos

CA­TA­LUNHA Na sequência da de­cla­ração uni­la­teral de in­de­pen­dência pelo par­la­mento ca­talão e da sus­pensão da au­to­nomia pelo go­verno es­pa­nhol, o PCP di­vulgou, dia 28, a nota que abaixo se trans­creve.

PCP cri­tica in­to­le­rância au­to­ri­ta­rismo e re­pressão

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O PCP su­blinha que a questão na­ci­onal em Es­panha tem de ser con­si­de­rada com a com­ple­xi­dade que a his­tória e a ac­tual re­a­li­dade da­quele País en­cerram.

A res­posta a esta questão, de­sig­na­da­mente na Ca­ta­lunha, deve ser en­con­trada no quadro do res­peito pela von­tade dos povos de Es­panha e, con­se­quen­te­mente, do povo ca­talão.

São pro­fun­da­mente cri­ti­cá­veis as ati­tudes do Go­verno es­pa­nhol, na base da in­to­le­rância, do au­to­ri­ta­rismo, da co­acção e da re­pressão.

O PCP con­si­dera pre­o­cu­pante, in­certa e pe­ri­gosa uma es­ca­lada de factos con­su­mados, que abra es­paço ao ina­cei­tável e con­de­nável pro­ce­di­mento que o Go­verno es­pa­nhol pro­ta­go­niza, e não só face a esta si­tu­ação, como em as­pectos ge­rais de que é exemplo a «Lei da mor­daça», que ataca li­ber­dades po­lí­ticas e de­mo­crá­ticas fun­da­men­tais.

É evi­dente que, a co­berto da ac­tual si­tu­ação, se pro­move va­lores na­ci­o­na­listas re­ac­ci­o­ná­rios e tomam alento sec­tores fas­cistas fran­quistas, que du­rante de­zenas de anos opri­miram os povos de Es­panha.

O PCP alerta para ma­no­bras de certos sec­tores que visam iludir as suas res­pon­sa­bi­li­dades numa po­lí­tica de classe contra di­reitos la­bo­rais e so­ciais por via da ins­tru­men­ta­li­zação de sen­ti­mentos na­ci­o­nais.

A re­a­li­dade está a de­mons­trar que a so­lução para a questão na­ci­onal em Es­panha de­verá ser en­con­trada no plano de uma so­lução po­lí­tica, que a in­tegre no quadro de uma res­posta mais geral que as­se­gure os di­reitos so­ciais e ou­tros di­reitos de­mo­crá­ticos dos tra­ba­lha­dores e dos povos de Es­panha, in­cluindo do povo ca­talão.

Esta é a po­sição do PCP, cujo con­teúdo se di­fe­rencia das po­si­ções do Go­verno por­tu­guês e do Pre­si­dente da Re­pú­blica, de­sig­na­da­mente face à sua omissão quanto ao res­peito da von­tade dos povos nesta si­tu­ação.

Sobre as formas usadas para a afir­mação dos sen­ti­mentos na­ci­o­nais na Ca­ta­lunha, de­sig­na­da­mente a de­cla­ração de in­de­pen­dência pro­du­zida, o PCP não se pro­nuncia es­pe­ci­fi­ca­mente, adi­an­tando como ele­mento de ca­rácter geral a ideia que con­si­dera pre­o­cu­pante uma es­ca­lada de factos con­su­mados.

 



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