ICAN recebe Nobel e recorda Hiroxima

A Cam­panha In­ter­na­ci­onal para a Abo­lição de Armas Nu­cle­ares (ICAN, na sigla in­glesa) voltou a apelar, do­mingo, 10, em Oslo, du­rante a ce­ri­mónia de en­trega do Nobel da Paz, ao fim da ameaça per­ma­nente que as armas nu­cle­ares re­pre­sentam para a hu­ma­ni­dade, con­si­de­rando que esta se en­contra «refém de uma ani­qui­lação imi­nente».

«A his­tória das armas nu­cle­ares terá um fim. De­pende de nós qual será: o fim das armas nu­cle­ares ou o nosso», afirmou a di­rec­tora da pla­ta­forma, Be­a­trice Fihn, no dis­curso de agra­de­ci­mento. A re­ceber o ga­lardão es­teve também Set­suko Thurlow, so­bre­vi­vente de Hi­ro­xima, ci­dade que, jun­ta­mente com Na­ga­saki, foi alvo de um ataque com bomba ató­mica, lan­çada pelos EUA, em Agosto de 1945.

A ja­po­nesa, de 85 anos – uma entre vá­rios so­bre­vi­ventes de Hi­ro­xima e Na­ga­saki pre­sentes – fez um re­lato sen­tido e an­gus­ti­ante do bom­bar­de­a­mento, des­cre­vendo os gritos dos seus com­pa­nheiros e do seu so­brinho Eiji, de quatro anos, que se trans­formou «num pe­daço de carne der­re­tida e con­ti­nuou a pedir água até morrer»; os «co­legas de turma» que «mor­riam quei­mados vivos» e «a pro­cissão de fi­guras fan­tas­ma­gó­ricas com carne e in­tes­tino pen­du­radas, com as ór­bitas dos olhos nas mãos».

 



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