Pela sua carga his­tó­rica e emo­tiva mas também – e so­bre­tudo – pela afir­mação do PCP e do seu pro­jecto, as co­me­mo­ra­ções do cen­te­nário da Re­vo­lução de Ou­tubro ti­veram uma im­por­tância sin­gular. Nas vá­rias ac­ções pro­mo­vidas em todo o País, de co­mí­cios e ses­sões pú­blicas a de­bates e edi­ções, sentou-se o ca­pi­ta­lismo no banco dos réus e afirmou-se o so­ci­a­lismo como «exi­gência da ac­tu­a­li­dade e do fu­turo», ci­tando a frase feliz que serviu de lema às co­me­mo­ra­ções do PCP.

Ao nível par­ti­dário, este foi ainda um ano de re­forço da or­ga­ni­zação, acção e ini­ci­a­tiva, que se es­tendeu igual­mente à JCP.

Mas 2017 foi também um ano de fortes lutas dos tra­ba­lha­dores e do povo pelos seus di­reitos e ren­di­mentos. Greves, ma­ni­fes­ta­ções, con­cen­tra­ções, pe­ti­ções, jor­nadas de mo­bi­li­zação e es­cla­re­ci­mento em torno da acção rei­vin­di­ca­tiva re­for­çaram a uni­dade e a re­sis­tência e abriram ca­minho a vi­tó­rias, al­gumas delas con­sa­gradas no plano ins­ti­tu­ci­onal com a de­ter­mi­nante in­ter­venção do PCP.

Para além do seu valor in­trín­seco, toda esta ac­ti­vi­dade e com­ba­ti­vi­dade valem também pelo que deixam de lastro para o ano que agora se inicia. Um ano exi­gente que terá pela frente grandes de­sa­fios e com­bates para levar mais longe a de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos e afirmar a po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda de que o País pre­cisa e o PCP propõe.

Um ano que as ba­ta­lhas e vi­tó­rias deste ano per­mitem en­frentar com re­do­brada con­fi­ança.

Ca­derno es­pe­cial neste nú­mero do Avante!
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