- Nº 2300 (2017/12/28)

Orçamento marcado por injustiças em Leiria

Nacional

Na Assembleia Municipal de Leiria, de 15 de Dezembro, os eleitos do PCP lamentaram não ter sido ouvidos no momento de preparação do orçamento e das opções do plano porque, «mais uma vez, o PS não cumpriu o Estatuto do Direito de Oposição» (Lei 24/98).

Para os comunistas, o orçamento apresentado é marcado pela «injustiça fiscal, ao considerar descontos de taxas significativos para as empresas» (reforço de infra-estruturas urbanísticas e publicidade) e por prever «a venda de imóveis que não aceitamos, como é o caso de parcelas destinadas a espaços verdes».

O Partido manifesta ainda a sua oposição a alguns projectos «muito polémicos que só o PS defende», alguns ligados à mobilidade, e considera insuficiente «o investimento com os bombeiros municipais». Por outro lado, no orçamento «não está prevista a compra das antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho e das ruínas da Casa de Lino António, nem a criação de delegações da Biblioteca Municipal», continua «a não estar previsto trabalho específico com a infância, a juventude e os idosos» e «as verbas destinadas ao planeamento e ordenamento do território mantêm-se insignificantes».

As críticas estendem-se à falta de verbas para os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), «quando é tão necessário investir na modernização da rede de água e na conclusão da rede de esgotos», para as Salina da Junqueira, para o Vale do Lapedo, para o Centro Cultural de Marrazes e para o movimento associativo desportivo e cultural.

Ainda sobre o orçamento, os eleitos do PCP não sabem o que se pretende «fazer no Largo da República, para além dum parque de estacionamento» e manifestam preocupação «com o montante previsto» (quase nove milhões de euros) para a Avenida Heróis de Angola.

GOP
No que diz respeito às grandes opções do plano (GOP), alerta-se para o continuar «a deixar de fora» projectos prioritários, como a requalificação urbana da Maceira, a qualificação urbana do Rego de Água e da Gândara dos Olivais, a qualificação da zona industrial da Ponte da Pedra e de Monte Real, «para a sua transformação num centro termal atractivo e dinâmico».