O deputado do PCP na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, João Paulo Corvelo, denunciou no dia 28 de Dezembro as consequências para a Ilha das Flores (pela qual foi eleito) do adiamento da chegada do navio de transporte de mercadorias que quinzenalmente abastece a ilha de bens de primeira necessidade. Devido a este atraso, alguns produtos alimentares já se encontravam então em carência nas prateleiras das superfícies comerciais. No requerimento apresentado, o deputado comunista alertou para a situação, garantindo que ela não é nova.

Devido ao afastamento geográfico da ilha das Flores, o transporte marítimo de mercadorias faz-se por via de um navio que chega quinzenalmente à quarta-feira, o mais tardar à quinta. Tendo o navio «Insular» realizado a sua viagem regular no passado dia 13 de Dezembro, esperava-se que o «Monte Brasil» chegasse no dia 27, o que não aconteceu. À data da apresentação do requerimento pelo deputado do PCP, esperava-se a chegada do navio no dia 30 para que fossem descarregadas as mercadorias congeladas e perecíveis, sendo as restantes descarregadas no dia 2. Sucede que as empresa pública regional Portos dos Açores não permitia o transporte destas mercadorias desde o cais do Porto comercial das Lajes das Flores no domingo por ser fim-de-semana e na segunda-feira por ser dia feriado.

O PCP pretende apurar as verdadeiras razões do adiamento da chegada do navio «Monte Brasil» à ilha, pois apesar de este ter sido justificado com as previsões de mar alteroso o porto comercial das Lajes das Flores esteve efectivamente aberto à navegação nesses dias.