Janeiras – Celebração do deus romano Jano

DI­REITOS RE­SER­VADOS

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Se­gundo a mi­to­logia ro­mana, Jano (em latim Janus ou Ianus) era o por­teiro ce­les­tial. Ovídio des­creve-o no pri­meiro livro de Fastos – um poema que a partir do ca­len­dário ro­mano apre­senta as tra­di­ções re­li­gi­osas e as ori­gens de di­versas fes­ti­vi­dades – como o sím­bolo dos tér­minos e dos co­meços, do pas­sado e do fu­turo, do du­a­lismo re­la­tivo de todas as coisas: «Tal como as portas têm dois lados e um por­teiro fica do lado de fora, também este deus era o por­teiro da corte di­vina e com as suas duas faces podia olhar para lu­gares opostos». No templo que lhe es­tava de­di­cado, em Roma, as portas prin­ci­pais fi­cavam abertas em tempos de guerra e eram fe­chadas em tempos de paz, su­bli­nhando o papel da di­vin­dade tu­telar de tudo o re­gressa ou se fecha. Jano ins­pirou o nome do mês de Ja­neiro (ja­nu­a­rius), acres­cen­tado ao ca­len­dário por Numa Pom­pílio. Crê-se que a tra­dição de «Cantar as Ja­neiras» está li­gada aos cultos pa­gãos que se de­sen­ro­lavam no mês de Jano, que sig­ni­fica porta, en­trada, tendo por fi­na­li­dade pedir ou re­ceber dá­divas, sím­bolo de bom au­gúrio para quem as pedia e para quem as dava. O cos­tume per­siste por toda a Eu­ropa e con­siste ac­tu­al­mente na for­mação de grupos que no início do ano vão can­tando de porta em porta de­se­jando um bom ano novo.