6 de Janeiro – Dia de Reis

DI­REITOS RE­SER­VADOS

Image 24272


A co­me­mo­ração do Dia de Reis, que a Igreja Ca­tó­lica ce­lebra como Epi­fania a partir da Idade Média, terá a sua origem nos ri­tuais pa­gãos da Roma an­tiga do sols­tício de In­verno, em honra de Sa­turno, deus da agri­cul­tura, quando se ce­le­brava o fim do pe­ríodo mais es­curo do ano e o re­gresso da luz, o nas­ci­mento do Sol In­victus. Por essa al­tura, se­gundo di­versos au­tores, os ro­manos tro­cavam entre si o bolo ja­nual e pe­quenas lem­branças, e nos ban­quetes fes­tivos ele­giam o rei da festa ti­rando à sorte com favas, pelo que também era de­sig­nado por «rei da fava». De­cor­rerá da apro­pri­ação dos ri­tuais pa­gãos pela Igreja Ca­tó­lica a tra­dição de co­me­morar o Dia de Reis, bem como o bolo em forma de coroa re­cheado e en­fei­tado com frutos secos e cris­ta­li­zados, sim­bo­li­zando pe­dras pre­ci­osas, a que cha­mamos Bolo Rei. Sur­gido em França, no tempo de Luís XIV, para as festas do Ano Novo e do dia de Reis, a his­tória deste bolo está mar­cada por vá­rias cu­ri­o­si­dades, como a sua proi­bição em 1789, em plena Re­vo­lução Fran­cesa, o que levou os pas­te­leiros a mudar-lhe o nome para «Gâ­teau des sans-cul­lottes». Também em Por­tugal, onde se po­pu­la­rizou no séc. XIX, se tentou proibir o seu fa­brico ou dar-lhe outro nome após a pro­cla­mação da Re­pú­blica, mas sem su­cesso.