SECÇÃO O PARTIDO NAS EMPRESAS

Dar sentido e alento à luta

Or­ga­nizar, apoiar e dar sen­tido à luta dos tra­ba­lha­dores é uma das fun­ções das cé­lulas e or­ga­ni­za­ções do Par­tido nas em­presas e lo­cais de tra­balho. Foi pre­ci­sa­mente com este ob­jec­tivo que a Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Beja do PCP dis­tri­buiu aos tra­ba­lha­dores da Al­mina, em Al­jus­trel, um co­mu­ni­cado no qual saúda a luta re­cente dos mi­neiros em de­fesa dos postos de tra­balho e dos di­reitos, que parou a pro­dução e teve ex­pressão de rua, e re­a­firma o apoio dado desde a pri­meira hora: através do Avante!, dos de­pu­tados da As­sem­bleia da Re­pú­blica e Par­la­mento Eu­ropeu e eleitos lo­cais da CDU e dos pró­prios co­mu­nistas tra­ba­lha­dores da em­presa.

O Par­tido re­alça como par­ti­cu­lar­mente re­ve­la­dora a po­sição as­su­mida na As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Al­jus­trel pelo PS, que votou contra a moção de so­li­da­ri­e­dade aos tra­ba­lha­dores da mina, pro­posta pelos eleitos da CDU. Se ti­vesse sido apro­vada, a moção seria en­viada à ad­mi­nis­tração, ao Go­verno, à As­sem­bleia da Re­pú­blica e dis­tri­buída como tal à po­pu­lação de­nun­ci­ando a real si­tu­ação em que se en­con­tram os tra­ba­lha­dores. O PS pro­curou jus­ti­ficar a sua opo­sição ao do­cu­mento – e à luta dos tra­ba­lha­dores – com a des­culpa de que a greve não teria tido, como se afir­mava no do­cu­mento, uma «forte adesão».

Lem­brando que a greve parou a ex­tracção de mi­nério e as la­va­rias, o PCP acusa o PS de optar por se po­si­ci­onar «ao lado da ad­mi­nis­tração da em­presa» e não dos que pro­duzem a mais-valia. Opondo-se às «su­ces­sivas me­didas to­madas pela ad­mi­nis­tração da em­presa que põem em causa di­reitos, li­ber­dades e ga­ran­tias fun­da­men­tais dos tra­ba­lha­dores», o Par­tido su­blinha que só a con­ti­nu­ação e in­ten­si­fi­cação da luta dos tra­ba­lha­dores as po­derá travar, ga­ran­tindo-lhes, como até aqui, todo o apoio e so­li­da­ri­e­dade.

As cé­lulas do Par­tido no Ae­ro­porto de Lisboa estão a dis­tri­buir aos tra­ba­lha­dores das di­versas em­presas que aí operam o bo­letim «Uni­dade e Luta», que co­meça por ob­servar a con­tra­dição entre o nome do ae­ro­porto, Hum­berto Del­gado, e as con­di­ções de tra­balho que aí vi­goram, a lem­brar os tempos com­ba­tidos pelo Ge­neral Sem Medo: aí grassa hoje «a pre­ca­ri­e­dade e a ex­plo­ração. Os postos de tra­balho são cres­cen­te­mente ocu­pados por tra­ba­lha­dores mais mal pagos e la­bo­rando em pi­ores con­di­ções. Mul­ti­plicam-se os ata­ques àqueles que ainda pre­ser­varam al­guns di­reitos e me­lhores con­di­ções re­mu­ne­ra­tó­rias. Ao mesmo tempo que cresce a ri­queza pro­du­zida pelo nosso tra­balho, di­minui a parte dessa ri­queza que nos é des­ti­nada».

Neste nú­mero do bo­letim, as cé­lulas do Par­tido de­nun­ciam di­versas si­tu­a­ções de ex­plo­ração e pre­ca­ri­e­dade no ae­ro­porto, na Rya­nair e tri­pu­lantes da TAP, dos vi­gi­lantes aos tra­ba­lha­dores da as­sis­tência em es­cala. A luta contra a di­mi­nuição dos di­reitos de es­ta­ci­o­na­mento e a ex­plo­ração que também se sente no re­fei­tório são ou­tras ques­tões em des­taque.

Na Caixa Geral de De­pó­sitos o PCP alerta os tra­ba­lha­dores para as ten­ta­tivas de des­ca­rac­te­ri­zação do banco e de di­mi­nuir a sua in­fluência no con­junto do sector fi­nan­ceiro por­tu­guês que se es­condem por de­trás do Plano de Re­ca­pi­ta­li­zação. São exem­plos disto a venda de pa­tri­mónio da CGD, a in­tenção de en­cerrar a ac­ti­vi­dade no es­tran­geiro, o aban­dono do «prin­cípio de existir uma agência da CGD em todas as sedes de con­celho» e o as­sédio sobre tra­ba­lha­dores para que saiam do banco.

A cé­lula de­fende a re­versão da po­lí­tica de des­truição da Caixa e de­fende a ma­nu­tenção da to­ta­li­dade do ca­pital pú­blico, a apli­cação ime­diata de todo o clau­su­lado dos acordos de em­presa e a va­lo­ri­zação das car­reiras pro­fis­si­o­nais e ac­tu­a­li­zação das ta­belas sa­la­riais em todas as em­presas do grupo. Como sempre su­cede, só a luta po­derá ga­rantir que estas exi­gên­cias serão cum­pridas.




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