Depois de sucessivos atrasos, os ministérios da Saúde e das Finanças publicaram, dia 22 de Janeiro, uma portaria conjunta que autoriza o lançamento do concurso para a concepção e projecto do Hospital de Proximidade do Seixal, num valor total de 1,2 milhões de euros, repartido por 2018 e 2019.

Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, referiu, naquele dia, que «foi dado mais um passo para que o Hospital do Seixal seja uma realidade». «Só terminaremos esta luta no dia em que inaugurarmos este equipamento. Continuaremos a reivindicar a construção do hospital como temos vindo a fazer desde 2001», afirmou o eleito do PCP.

O Hospital do Seixal representa um investimento total de 60 milhões de euros e vai permitir descongestionar o Hospital Garcia de Orta, que foi projectado para servir 150 mil habitantes e serve atualmente 450 mil residentes nos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra.

Direito à saúde
A Comissão Concelhia do Seixal do PCP destacou que a decisão do Governo «foi fruto da luta das populações» dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra.

Em nota de imprensa, o Partido não esquece «o histórico de um hospital com protocolo assinado em 2009 não cumprido, com verba de 10 milhões de euros no Orçamento do Estado de 2017, não executada, com agora o prazo de 2019, para afirmar que face à necessidade das populações, não é possível adiar mais este investimento».

De facto, acrescentam os comunistas, «esta portaria remete-nos para há oito anos, quando decisão semelhante foi tomada em 2010», com o concurso dos projectos a ser lançado, mas a não ser adjudicado pelo governo PS. Depois, o governo PSD/CDS travou o processo. «O PS, a par do PSD e do CDS, são os principais responsáveis pelo atraso de 10 anos que leva o processo do Hospital do Seixal», acusa o PCP.