Agências das Nações Unidas alertam para dramas humanos

O Fundo das Na­ções Unidas para a In­fância (UNICEF) es­tima em quase três mil mi­lhões de euros o mon­tante ne­ces­sário para au­xi­liar este ano cerca de 82 mi­lhões de pes­soas em 51 países. Entre aqueles estão 48 mi­lhões de cri­anças, cal­cula a UNICEF, que alerta para a si­tu­ação dra­má­tica par­ti­cu­lar­mente aguda que atinge os re­fu­gi­ados (des­lo­cados in­ternos e ex­ternos) e, neste par­ti­cular, para a es­pe­cial vul­ne­ra­bi­li­dade dos me­nores face aos con­flitos bé­licos que pro­li­feram.

O Norte de África e o Médio Ori­ente, so­bre­tudo, mas também a Ásia Me­ri­di­onal, são as re­giões que mais ca­rên­cias apre­sentam em re­sul­tado das con­sequên­cias das guerras, tais como a fome e a des­nu­trição ou a falta de acesso a água po­tável.

Apro­xi­ma­da­mente 17 mi­lhões de pes­soas não sabem se vão comer no dia se­guinte, su­blinha a UNICEF, si­tu­ação de emer­gência que se junta a ou­tros dados pre­o­cu­pantes di­vul­gados esta se­mana por aquela agência da ONU, casos do aban­dono es­colar pre­coce (uma em cada 13 cri­anças não con­cluirá mais do que ins­trução pri­mária), ou da su­jeição à vi­o­lência (um em cada nove me­nores so­frerá uma agressão e um em cada quatro vi­verá num país afec­tado pela guerra).

Pa­ra­le­la­mente ao re­la­tório do Fundo das Na­ções Unidas para a In­fância, o Alto Co­mis­sa­riado das Na­ções Unidas para os Re­fu­gi­ados (ACNUR) de­nun­ciou que as mu­lheres e as cri­anças re­fu­gi­adas na Grécia se en­con­tram em ele­vado risco de so­frerem algum tipo de vi­o­lência se­xual. O pro­blema são as con­di­ções pre­cá­rias e a in­se­gu­rança em que foram co­lo­cadas.

No ano pas­sado, a ACNUR re­gistou que cerca de 28 por cento dos re­fu­gi­ados nas ilhas gregas, es­pe­ci­al­mente nos cen­tros de Moria (Lesbos) e Vathy (Samos), foram ví­timas de agressão se­xual de­cor­rentes do con­texto em que são for­çados a so­bre­viver. Actos sim­ples como usar os sa­ni­tá­rios ou tomar banho são um risco para mu­lheres e cri­anças, ad­verte a ACNUR, que cri­tica a so­bre­lo­tação dos campos, o nú­mero in­su­fi­ci­ente de pa­tru­lhas po­li­ciais, a par­tilha por ho­mens e mu­lheres dos mesmos es­paços e a falta de ga­bi­netes para as equipas mé­dicas.




Mais artigos de: Internacional

Liderança do ANC exige saída de Zuma

O Comité Executivo do Congresso Nacional Africano (ANC) exigiu ao presidente Jacob Zuma que renuncie ao cargo de presidente da República da África do Sul, pelo seu alegado envolvimento em casos de corrupção. A decisão foi anunciada na...

Morales alerta para ameaça imperialista

O presidente da Bolívia, Evo Morales, advertiu, a semana passada, que «qualquer ameaça militar imperialista contra a paz na Venezuela e na nossa região será derrotada pela dignidade, soberania e unidade dos povos». A mensagem do chefe de Estado boliviano visou a visita do chefe...

ONU acusada de parcialidade nas Honduras

A Aliança Contra a Ditadura concentrou-se, sexta-feira, 11, frente às instalações das Nações Unidas na capital das Honduras, Tegucigalpa, para rejeitar o que considera ser a postura parcial da organização perante a crise política no território. Em...