Organizações do PCP realizam assembleias apontando ao reforço da sua intervenção

PCP MAIS FORTE A re­a­li­zação de as­sem­bleias das or­ga­ni­za­ções par­ti­dá­rias aos mais va­ri­ados ní­veis é uma das me­didas ins­critas na re­so­lução do Co­mité Cen­tral de Ja­neiro sobre re­forço do Par­tido.

Nas as­sem­bleias são dis­cu­tidos os pro­blemas con­cretos de cada local

Nesse do­cu­mento des­taca-se a re­a­li­zação de as­sem­bleias como «uma das com­po­nentes da de­mo­cracia in­terna in­te­grante dos prin­cí­pios de fun­ci­o­na­mento do Par­tido». O ob­jec­tivo de re­a­lizar em 2018 «um grande nú­mero» destas as­sem­bleias está já em con­cre­ti­zação por todo o País.

Em Vila Franca de Xira, o Sector de Em­presas do PCP re­a­lizou re­cen­te­mente a sua 4.ª as­sem­bleia. Em ava­li­ação es­ti­veram, como não podia deixar de ser, os pro­blemas dos tra­ba­lha­dores do con­celho e as me­didas ne­ces­sá­rias para re­forçar a or­ga­ni­zação par­ti­dária, a luta e uni­dade dos tra­ba­lha­dores. Os co­mu­nistas de Vila Franca de Xira de­ci­diram um con­junto de me­didas es­pe­cí­ficas para as em­presas e lo­cais de tra­balho: apro­fundar o co­nhe­ci­mento da re­a­li­dade e di­na­mizar e di­rigir a luta de massas; elevar a mi­li­tância, re­crutar e in­te­grar novos mi­li­tantes; in­ten­si­ficar o tra­balho re­gular, re­co­lher quo­ti­zação e alargar a di­fusão do Avante!; me­lhorar o tra­balho de di­recção co­lec­tiva. A as­sem­bleia elegeu ainda o novo or­ga­nismo de di­recção do sector.

Também a cé­lula dos tra­ba­lha­dores da Câ­mara Mu­ni­cipal de Serpa re­a­lizou a sua as­sem­bleia, com a par­ti­ci­pação de 25 mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do Par­tido. As in­ter­ven­ções pro­fe­ridas cen­traram-se nos prin­ci­pais pro­blemas que con­ti­nuam a estar pre­sentes na vida dos tra­ba­lha­dores das au­tar­quias: baixos sa­lá­rios, des­re­gu­lação de ho­rá­rios, falta de pes­soal, pre­ca­ri­e­dade e um sis­tema de ava­li­ação, o Si­adap, que res­tringe o acesso a di­reitos, como a pro­gressão de car­reiras e res­pec­tiva ta­bela sa­la­rial. O em­penho dos co­mu­nistas tra­ba­lha­dores do mu­ni­cípio na pre­pa­ração das lutas em curso foi re­a­fir­mado. O se­cre­ta­riado da cé­lula, eleito por una­ni­mi­dade, ficou com­posto por seis ele­mentos.

No con­celho de Braga, a or­ga­ni­zação dos re­for­mados co­mu­nistas também re­a­lizou a sua as­sem­bleia, a se­gunda, na qual se ana­lisou a si­tu­ação so­cial e po­lí­tica deste ex­pres­sivo seg­mento da po­pu­lação, se ava­liou o tra­balho de­sen­vol­vido nos úl­timos dois anos, se aprovou o Plano de Ac­ti­vi­dades para o biénio 2018/​19 e se elegeu a Co­missão de Re­for­mados do Con­celho de Braga, cons­ti­tuída por nove ele­mentos oriundos de vá­rios sec­tores.

Con­ce­lhos e fre­gue­sias

Mais de 30 mi­li­tantes da Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia de Pe­niche par­ti­ci­param na 12.ª as­sem­bleia, re­a­li­zada no início de Março. Nas vá­rias in­ter­ven­ções es­ti­veram pre­sentes as pri­o­ri­dades de in­ter­venção do PCP, no­me­a­da­mente a luta dos tra­ba­lha­dores e o re­forço da or­ga­ni­zação par­ti­dária nas em­presas e lo­cais de tra­balho; a re­a­li­dade do sector das pescas, a luta dos pes­ca­dores e a in­ter­venção do PCP neste âm­bito; a es­tru­tu­ração do Par­tido no plano local e a di­na­mi­zação de co­mis­sões de fre­guesia; o tra­balho com os re­for­mados, pen­si­o­nistas e idosos; e re­le­vantes ques­tões or­ga­ni­za­tivas, como os fundos, a im­prensa, a pro­pa­ganda e a Festa do Avante!.

Re­al­çando a falta de rumo es­tra­té­gico da nova mai­oria au­tár­quica, os co­mu­nistas re­a­fir­maram a de­ter­mi­nação em pros­se­guir uma in­ter­venção pró­xima das po­pu­la­ções e tra­ba­lhar para re­cu­perar as po­si­ções per­didas nas úl­timas elei­ções. A as­sem­bleia aprovou ainda uma moção sobre a ins­ta­lação, na For­ta­leza de Pe­niche, do Museu da Re­sis­tência na qual se ex­pressa a pre­o­cu­pação pelo facto de a can­di­da­tura ao Pro­grama «Por­tugal 2020» não ter sido ainda apro­vada.

Coube a Ângelo Alves, da Co­missão Po­lí­tica, en­cerrar os tra­ba­lhos da as­sem­bleia, que aprovou por una­ni­mi­dade a Re­so­lução Po­lí­tica e a Co­missão Con­ce­lhia.

Na As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia de Oli­veira de Aze­méis es­ti­veram em des­taque as pro­postas dos co­mu­nistas para a me­lhoria da qua­li­dade de vida num con­celho for­te­mente mar­cado pela pre­ca­ri­e­dade la­boral, po­luição in­dus­trial em grande parte de­cor­rente da falta de sa­ne­a­mento, enorme dé­fice de oferta de trans­portes pú­blicos e ca­rên­cias di­versas nos sec­tores da saúde e edu­cação. Foram su­bli­nhadas pre­o­cu­pa­ções e su­ges­tões para per­mitir o avanço da acção par­ti­dária, cha­mando mais mi­li­tantes ao tra­balho re­gular e a in­te­grar o pró­prio Par­tido, pese em­bora seja já de re­gistar im­por­tantes avanços nos úl­timos anos.

A as­sem­bleia, que aprovou a Re­so­lução Po­lí­tica e elegeu a Co­missão Con­ce­lhia, foi en­cer­rada por Tiago Vi­eira, do Co­mité Cen­tral.

Em Al­verca do Ri­ba­tejo, fre­guesia do con­celho de Vila Franca de Xira, a or­ga­ni­zação do PCP re­a­lizou a sua 13.ª as­sem­bleia, que pro­curou dar res­posta a duas ques­tões cen­trais: a aná­lise da re­a­li­dade con­creta da vida dos tra­ba­lha­dores e da po­pu­lação da fre­guesia, e a or­ga­ni­zação e di­recção da luta pelas suas as­pi­ra­ções mais pre­mentes. A or­ga­ni­zação saiu da as­sem­bleia com mais um ins­tru­mento de in­ter­venção, com a apro­vação – por una­ni­mi­dade – da Re­so­lução Po­lí­tica. Igual vo­tação teve a nova Co­missão de Fre­guesia.

 



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