- Nº 2313 (2018/03/29)

Centenas de milhares de norte-americanos por restrições à posse de armas de fogo

Internacional

EUA Multidões em centenas de cidades dos EUA integraram, sábado, as «marchas pelas nossas vidas», convocadas por jovens sobreviventes do recente massacre num liceu norte-americano.

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Sobreviventes, amigos e familiares dos 17 adolescentes mortos na secundária de Parkland, a 14 de Fevereiro, na Florida, marcaram presença no acto central do protesto nacional, ocorrido em Washington, entre a Casa Branca e o Capitólio. Como noutras centenas de cidades, ali exigiu-se o controlo das armas de fogo no país, permanentemente assolado por chacinas e pela violência relacionada com a posse e uso daquelas.

O gigantesco movimento de massas cresceu nos últimos dois anos quando ataques semelhantes ao ocorrido no passado mês (em Orlando, na Florida, em 2016, e em Las Vegas, no Nevada, em 2017) vitimaram 99 pessoas.

Depois de Parkland, Donald Trump sugeriu que a resposta ao flagelo passava por... armar os professores. Por isso o presidente dos EUA, bem como a associação armamentista têm estado debaixo de fogo daqueles que insistem na necessidade de mais e maiores restrições. Para o mês de Abril está já convocada nova jornada nacional, justamente quando se assinala o 19.º aniversário do massacre no liceu de Colombine, no Colorado (1999).

Em 2018 foram registados 33 incidentes com armas de fogo em centros escolares nos EUA, país que detém a maior percentagem de homicídios com armas de fogo do mundo (64 por cento do total). Calcula-se que existem cerca de 270 milhões de armas nos lares norte-americanos.