Guardas prisionais interpelam PR
Junto ao estabelecimento prisional de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional promoveu uma concentração, onde compareceram profissionais de diversos locais de trabalho, por ocasião da visita que ali fez, no dia 4, o Presidente da República.
Os guardas e o sindicato expuseram ao PR os motivos do descontentamento e das lutas realizadas contra a imposição de um regime horário que agrava as condições de trabalho e põe em causa a segurança, enquanto permanece a aguda falta de pessoal. Citado pela agência Lusa, o presidente do sindicato, reafirmou as fortes críticas ao director-geral da Reinserção e Serviços Prisionais, bem como à ministra da Justiça. «Somos muito maltratados pelo director-geral. Há uma perseguição feroz, sem perceber como trabalhamos e em que condições é que trabalhamos. A ministra da Justiça tem empurrado para a frente e tem dito inverdades na comissão parlamentar, ao dizer que o novo horário foi aprovado com os sindicatos. Não foi, foi imposto pela direcção-geral. É um horário que vem pôr em causa a segurança. Cada vez estamos mais sozinhos e há mais torres sem guardas» – disse Jorge Alves ao PR.
«Crispação»
de polícias e militares
Uma conferência de imprensa, no dia 17, terça-feira, no Largo do Carmo, foi convocada pelas organizações de profissionais das forças de segurança e de militares das Forças Armadas, que desde finais de 2017 têm levado a cabo iniciativas conjuntas a exigir a sua integração no processo negocial para definir o modo e o calendário de efectivação do descongelamento das progressões remuneratórias (tal como estabelece a Lei do OE 2018).
Esta decisão foi tomada numa reunião, dia 9. Num comunicado conjunto, a ASPP/PSP (Associação Sindical dos Profissionais da Polícia), a Associação Nacional de Sargentos , a APG/GNR (Associação dos Profissionais da Guarda), a Associação de Oficiais das Forças Armadas, a ANSG/GNR (Associação Nacional de Sargentos da Guarda), a Associação de Praças e o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia informaram no dia seguinte que, depois de uma delegação ter entregue ao Presidente da República, a 27 de Março, um documento sobre esta questão, ainda não obtiveram «quaisquer sinais ou respostas».
«Por parte dos respectivos ministérios permanece a ausência de soluções concretas, faltando inclusivamente com promessas recentemente feitas», e tudo isto reflecte-se no «clima de crispação e mal-estar sentido no seio dos profissionais» e que «é da exclusiva responsabilidade de quem persiste em não cumprir uma lei da Assembleia da República e em não estabelecer um diálogo sério, consequente, efectivamente negocial, com aqueles a quem, no limite, se exige a vida, se necessário».