Laboratório suíço desmente Londres
A substância alegadamente usada para envenenar o ex-espião Sergei Skripal e a sua filha não é um neurotóxico produzido na ex-União Soviética, mas um químico conhecido como BZ só produzido em países da NATO, afirma o laboratório público suíço Spiez, cujas conclusões foram divulgadas, a semana passada, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Moscovo.
Sergei Lavrov salientou que os resultados do laboratório helvético, um dos cinco acreditados pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), decorrem da análise de amostras fornecidas pela Grã-Bretanha, e estranhou que aquela instituição tenha omitido as informações obtidas pelo Spiez.
Reagindo à revelação e ao questionamento do responsável das relações externas no Kremlin, o Spiez afirmou que cabe à OPAQ prestar esclarecimentos. Sergei Lavrov, por seu lado, voltou a acusar Londres de deturpar a investigação da OPAQ e insistiu para que «peritos [russos] tenham acesso às amostras analisadas mencionadas na perícia».