Base de guerra e de atraso
Num comunicado de dia 12, o PCP alerta para as consequências económicas e sociais da redução de trabalhadores portugueses na Base das Lajes em virtude da nova estratégia militar norte-americana: nos últimos meses, centenas de trabalhadores saíram da base, engrossando os números do desemprego na Ilha Terceira. Para o PCP, é falso que a Base das Lajes tenha hoje uma importância menor para a política belicista da administração norte-americana, independentemente da redução do número de efectivos militares aí estacionados. Esse é apenas o argumento utilizado para «retirar espaço para uma discussão séria sobre a revisão das contrapartidas para o Estado português pelo uso militar da Base das Lajes». Recorde-se que a ilha não recebe qualquer compensação pela «intensa utilização militar do seu território, espaço aéreo e aeroporto».
Agora, importa igualmente assegurar que essa mesma presença não se transforme em mais um obstáculo ao desenvolvimento da ilha, «especialmente tendo em conta a dimensão da difícil situação económica e social, agravada pela redução de postos de trabalho na base». Além do mais, acusa o Partido, os regulamentos e determinações militares continuam a bloquear ou a condicionar a implementação de medidas inscritas no Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira, nomeadamente as que se relacionam e dependem da utilização de espaços e infra-estruturas afectos à base.