PCP expressa firme condenação
Reagindo ao bombardeamento contra a República Árabe Síria perpetrado pelos EUA, Reino Unido e França com o apoio ou aval da NATO, da União Europeia e de Israel, o PCP emitiu uma nota, sábado, 14, na qual sublinha que «este inaceitável acto de agressão contra a Síria, em flagrante violação e afronta à Carta das Nações Unidas e ao direito internacional, foi realizado sob o pretexto de uma alegada e não comprovada utilização de armas químicas em Douma, cuja responsabilidade a Síria rejeita, tendo-se disponibilizado a contribuir para o cabal apuramento do que efectivamente se passou».
Para o Partido, «assume particular e esclarecedor significado que este bombardeamento dos EUA e seus aliados, tenha sido efectuado no momento em que peritos internacionais chegam à Síria para investigar a alegada utilização de armas químicas em Douma».
«O PCP recorda que os EUA, o Reino Unido e a França foram responsáveis por guerras de agressão com o seu brutal legado de morte, sofrimento e destruição, sob o pretexto de escandalosas e graves falsidades e mentiras, como as inexistentes “armas de destruição massiva” no Iraque ou os infundados “massacres da população” na Líbia», acrescenta-se no texto, antes de se salientar que «este ataque representa um novo e grave passo na operação de agressão e destruição da Síria, indissociável das derrotas infligidas pelo povo sírio, com o apoio da Rússia e outros aliados, aos grupos terroristas criados e apoiados pelo imperialismo, dirigido pelos EUA».
O Partido alerta, ainda, «para as imprevisíveis e perigosas consequências de uma escalada de provocação e de agressão contra a Síria e o seu povo», e «repudia a posição do Governo português», considerando que «no respeito pela Constituição da República, Portugal se deve demarcar deste inaceitável acto de agressão, pugnar pelo fim da agressão à Síria e apoiar as iniciativas em curso para o diálogo e a paz».
«O PCP apela à solidariedade com a Síria e o seu povo que, enfrentando desde há sete anos a bárbara agressão do imperialismo norte-americano e seus aliados, resiste e luta em defesa da sua soberania, da independência e integridade territorial da sua pátria, do direito a decidir, livre de quaisquer ingerências, o seu destino», conclui-se.