Faleceu Júlio Pomar

O artista plástico Júlio Pomar morreu, dia 22, aos 92 anos no Hospital da Luz, em Lisboa.

Pintor e escultor, nascido em Lisboa em 1926, Júlio Pomar é considerado um dos criadores de referência da arte moderna e contemporânea portuguesa.

O artista deixa uma obra multifacetada que percorre mais de sete décadas, influenciada pela literatura, a resistência política, o erotismo e algumas viagens, como à Amazónia, no Brasil.

Em nota enviada à imprensa, o PCP expressou à família o seu pesar pela morte de Júlio Pomar, considerando que «o artista plástico é autor de uma obra de reconhecido valor iniciada nos anos 1940, que granjeou um elevado prestígio nacional e internacional».

«A sua obra no plano das artes plásticas foi acompanhada de uma intervenção cívica e política em que se integrou a participação no movimento antifascista, designadamente na Comissão Central do MUD Juvenil», refere a nota.

O PCP salienta que Júlio Pomar foi «preso e julgado pelo regime fascista, período em que viu algumas das suas obras apreendidas pela PIDE e foi afastado do ensino», referindo ainda que «fez parte de um movimento mais geral de intelectuais destacados que lutaram pela liberdade e democracia.»



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