Campanha lembra que saarauís continuam a luta emancipadora

ÁFRICA Lan­çada no dia 25 de Maio nos acam­pa­mentos de re­fu­gi­ados sa­a­rauís, a ini­ci­a­tiva «Le­vantem-se da Areia» alerta que em África per­siste um povo que as­pira à au­to­de­ter­mi­nação e um ter­ri­tório su­jeito à ex­plo­ração de re­corte co­lo­nial.

O Saara Oci­dental é o úl­timo resquício da «era do co­lo­ni­a­lismo»

De acordo com in­for­ma­ções di­vul­gadas por Moara Cri­ve­lente, membro da Di­recção Na­ci­onal do Centro Bra­si­leiro de So­li­da­ri­e­dade aos Povos e Luta pela Paz, em ar­tigo pu­bli­cado no sítio da In­ternet da Ce­brapaz, que es­teve nos campos pro­vi­só­rios si­tu­ados em Tinduf, na Ar­gélia, a cam­panha ini­ciada jus­ta­mente no Dia de África cons­titui um apelo ur­gente à so­li­da­ri­e­dade para com a luta do povo sa­a­rauí pela in­de­pen­dência e so­be­rania do ter­ri­tório.

Os prin­ci­pais pro­mo­tores da ini­ci­a­tiva são or­ga­ni­za­ções nos acam­pa­mentos de re­fu­gi­ados e de sa­a­rauís na diás­pora – Co­missão Na­ci­onal Sa­a­rauí pelos Di­reitos Hu­manos (CO­NA­SADH), União Na­ci­onal de Mu­lheres Sa­a­rauís (UNMS), União da Ju­ven­tude Sa­a­rauí (UJ­SARIO), União de Es­tu­dantes Sa­a­rauís (UE­SARIO), As­so­ci­ação das Fa­mí­lias de Pri­si­o­neiros e De­sa­pa­re­cidos (AFA­PRE­DESA), As­so­ci­ação de Ví­timas Sa­a­rauís de Minas (ASAVIM), União de Ju­ristas Sa­a­rauís (UJS), União de Ad­vo­gados Sa­a­rauís, Cam­panha Sa­a­rauí contra o Es­pólio dos Re­cursos Na­tu­rais (SCAP) e União de Jor­na­listas e Es­cri­tores Sa­a­rauís (UPES). O seu prin­cipal ob­jec­tivo é re­cordar que o Saara Oci­dental é no con­ti­nente afri­cano o úl­timo resquício da «era do co­lo­ni­a­lismo», tra­du­zido não apenas na ocu­pação mar­ro­quina mas também na es­po­li­ação dos seus re­cursos na­tu­rais, de­sig­na­da­mente pes­queiros e do sub­solo.

Se­gundo a mesma fonte, no apelo cen­tral da cam­panha de­fende-se igual­mente «o res­peito pelo di­reito in­ter­na­ci­onal hu­ma­ni­tário no Saara Oci­dental», su­bli­nhando-se, por isso, a ur­gência de de­nun­ciar as «a crise hu­ma­ni­tária nos campos de re­fu­gi­ados, o im­pacto de­su­mano do Muro da Ver­gonha Mar­ro­quino e os efeitos ca­tas­tró­ficos as minas ter­res­tres, a pe­ri­gosa si­tu­ação dos pri­si­o­neiros po­lí­ticos Sa­a­rauís que so­frem em con­di­ções im­pen­sá­veis nas pri­sões mar­ro­quinas, sem acesso a jul­ga­mentos im­par­ciais ou à jus­tiça».

A cam­panha afirma que irá «adoptar todas as formas le­gais e pa­cí­ficas» para «que a voz dos ac­ti­vistas sa­a­rauís seja ou­vida em todos os fó­runs in­ter­na­ci­o­nais re­le­vantes».




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