23.º Piquenicão dá mais força à luta dos reformados

REI­VIN­DICAÇÕES Mi­lhares de pes­soas par­ti­ci­param, do­mingo, 3 de Junho, no 23.º Pi­que­nicão Na­ci­onal do MURPI – Con­fe­de­ração Na­ci­onal de Re­for­mados, Pen­si­o­nistas e Idosos, em Mon­temor-o-Novo.

Cons­truir um Por­tugal mais justo e so­li­dário

Pelos três palcos ins­ta­lados no Parque de Ex­po­si­ções e Feiras do mu­ni­cípio pas­saram mais de 60 grupos cul­tu­rais de mú­sica, canto e dança de todo o País, as­si­na­lando e co­me­mo­rando, também, o 40.º ani­ver­sário do MURPI.

Nesta grande festa dos re­for­mados – re­a­li­zada com o apoio lo­gís­tico da au­tar­quia e dos seus tra­ba­lha­dores, mas também com o con­tri­buto de di­ri­gentes e ac­ti­vistas da As­so­ci­ação de Re­for­mados do con­celho, das fe­de­ra­ções dis­tri­tais e da Con­fe­de­ração MURPI – so­bres­saiu a ne­ces­si­dade de con­ti­nuar a lutar pelos di­reitos dos re­for­mados e de­fender a fruição e pro­dução cul­tural das as­so­ci­a­ções de re­for­mados, com o apoio fi­nan­ceiro do Es­tado.

Nas in­ter­ven­ções po­lí­ticas rei­vin­dicou-se o re­co­nhe­ci­mento do MURPI como par­ceiro so­cial, com as­sento per­ma­nente no Con­selho Eco­nó­mico e So­cial (CES). «Somos 140 as­so­ci­a­ções em 12 dis­tritos do Con­ti­nente e na Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira (RAM), sete fe­de­ra­ções e mais de 70 mil as­so­ci­ados», elencou Ca­si­miro Me­nezes, pre­si­dente da Di­recção do MURPI.

No dia 23 de Maio, vindos de vá­rios pontos do País, di­ri­gentes e ac­ti­vistas da Con­fe­de­ração en­tre­garam, em Lisboa, uma pe­tição com 1400 as­si­na­turas a re­clamar um lugar per­ma­nente do MURPI no CES e não uma so­lução ro­ta­tiva e in­ter­mi­tente de re­pre­sen­tação, como foi pro­posto pelo pre­si­dente do con­selho, Cor­reia de Campos.

Pro­postas con­cretas
Ca­si­miro Me­nezes re­feriu, também, que o «au­mento médio da es­pe­rança de vida» é «uma con­quista ci­vi­li­za­ci­onal que tem que ser re­ver­tida a favor do en­ve­lhe­ci­mento com di­reitos». «Não ad­mi­timos que a pre­texto do en­ve­lhe­ci­mento da so­ci­e­dade por­tu­guesa se venha a re­tirar di­reitos con­quis­tados com muita luta», afirmou, exi­gindo, por exemplo, a «sus­ten­ta­bi­li­dade fi­nan­ceira da Se­gu­rança So­cial», mas «não à custa da re­dução dos va­lores das pen­sões».

Na sua in­ter­venção, va­lo­rizou ainda o «au­mento ex­tra­or­di­nário (das pen­sões) de seis para 10 euros em Agosto», face à «luta dos re­for­mados» que «é ne­ces­sário con­ti­nuar pela re­va­lo­ri­zação e ac­tu­a­li­zação de todas as pen­sões e muito em es­pe­cial das pen­sões baixas».

Entre ou­tras pro­postas, o pre­si­dente do MURPI exigiu que o Go­verno «ponha travão» à de­gra­dação e de­fi­nha­mento do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (SNS) e re­clamou uma rede pú­blica de «equi­pa­mentos que as­se­gure de forma equi­ta­tiva e justa o di­reito à pro­tecção so­cial» e de «trans­portes ade­quados às ne­ces­si­dades bá­sicas dos utentes». Si­mul­ta­ne­a­mente, «os re­for­mados devem ter o di­reito as­se­gu­rado de acesso gra­tuito nos mu­seus e ins­ti­tui­ções de cul­tura», de­fendeu Ca­si­miro Me­nezes.

O Pi­que­nicão contou com a pre­sença de Pa­trícia Ma­chado, da Co­missão Po­lí­tica do PCP, Rai­mundo Ca­bral, da Co­missão Cen­tral de Con­trolo, e de re­pre­sen­tantes do Mo­vi­mento De­mo­crá­tico de Mu­lheres (MDM) e da Inter-Re­for­mados/​CGTP-IN, entre ou­tros.

Sessão co­me­mo­ra­tiva na Ama­dora

As quatro dé­cadas do MURPI – a de­fender o di­reito a en­ve­lhecer com dig­ni­dade – foram também as­si­na­ladas, no dia 27 de Maio, no Au­di­tório Mu­ni­cipal da Ama­dora, que aco­lheu uma sessão co­me­mo­ra­tiva – com vá­rios apon­ta­mentos cul­tu­rais – apre­sen­tada pelas ac­trizes Fer­nanda Lapa e Ma­riana Al­bu­querque.

Pro­mo­vida pela Fe­de­ração das As­so­ci­a­ções de Re­for­mados, Pen­si­o­nistas e Idosos do Dis­trito de Lisboa, na ini­ci­a­tiva in­ter­vi­eram José Nuncio, da FARPIL, e Ca­si­miro Me­nezes, pre­si­dente da Di­recção do MURPI.

 



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