- Nº 2324 (2018/06/14)

Conservadores sem maioria para governar na Eslovénia

Europa

O líder do Partido Democrático Esloveno (SDS), o conservador Janez Jansa, irá tentar formar uma coligação que assegure apoio maioritário a um novo governo, segundo declarou, dia 7, depois de um encontro com o presidente da República, Borut Pahor.

Vencedor das eleições legislativas realizadas dia 3, o SDS obteve apenas 25 por cento dos votos e 21 deputados, ficando longe da maioria parlamentar. Mesmo com o apoio do pequeno partido Nova Eslovénia, o seu único aliado até ao momento, Jansa dispõe somente de 32 deputados, num hemiciclo com 90 assentos.

Todas as outras formações já excluíram uma aliança com o SDS cuja campanha foi marcada por tons racistas e xenófobos, ao estilo do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que se deslocou expressamente a Ljubljana, em pleno período eleitoral, para manifestar o seu apoio a Janez Jansa.

A lista LMS, do antigo jornalista e actor Marjan Sarec, ficou em segundo lugar com 12,7 por cento dos votos e 13 deputados.

Em terceiro lugar ficaram os sociais-democratas (SD), com 9,9 por cento dos sufrágios e dez mandatos.

Marjan Sarec não esconde a ambição de constituir uma coligação alternativa, em caso de fracasso de Jansa. Porém, precisaria pelo menos do apoio de quatro partidos para chegar à maioria parlamentar.

A manter-se o actual impasse político, o chefe do Estado não terá outra solução senão convocar novas eleições para depois do Verão.