DINAMIZAR A LUTA FORTALECER O PCP

«Este é o Par­tido com que o povo pode contar sempre»

O mo­mento po­lí­tico que es­tamos a viver é mar­cado pela des­va­lo­ri­zação das ques­tões que ver­da­dei­ra­mente in­te­ressam aos tra­ba­lha­dores e ao povo por­tu­guês, se­cun­da­ri­zadas por outro tipo de ques­tões, que a co­mu­ni­cação so­cial do­mi­nante usa para es­conder os ver­da­deiros pro­blemas so­ciais e a acção co­e­rente e com­ba­tiva do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês.

Pros­segue a dis­cussão em torno das pro­postas de al­te­ração à le­gis­lação la­boral apre­sen­tadas pelo Go­verno na As­sem­bleia da Re­pú­blica que serão de­ba­tidas na sexta-feira da pró­xima se­mana, dia 6. São pro­postas pro­fun­da­mente ne­ga­tivas que o Go­verno acordou com as con­fe­de­ra­ções pa­tro­nais e a UGT no Con­selho de Con­cer­tação So­cial e contam com o aplauso do PSD e CDS, que se mos­tram desde já dis­po­ní­veis para juntar os seus votos aos votos do PS para ga­rantir a sua apro­vação. Em sen­tido in­verso, o PCP avança com seis pro­jectos de lei vi­sando a eli­mi­nação das normas gra­vosas da le­gis­lação la­boral, pro­cu­rando ga­rantir e con­sa­grar avanços que se tra­duzam na de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos la­bo­rais.

Na sexta-feira da pró­xima se­mana, dia 6 de Julho, dia em que vão estar em dis­cussão no Par­la­mento as pro­postas do Go­verno, a CGTP-IN pro­move uma con­cen­tração de tra­ba­lha­dores em frente à As­sem­bleia da Re­pú­blica, tendo em vista pro­testar contra estas ini­ci­a­tivas le­gis­la­tivas de re­tro­cesso so­cial e dar força às pro­postas que ga­rantam avanços nos di­reitos, como aquelas que o PCP apre­sentou.

Trata-se pois de uma acção que, no quadro da luta rei­vin­di­ca­tiva a partir dos lo­cais de tra­balho, em­presas e sec­tores e na sequência da gran­diosa ma­ni­fes­tação na­ci­onal de 9 de Junho, se re­veste de grande sig­ni­fi­cado e para a qual im­porta as­se­gurar a ne­ces­sária mo­bi­li­zação.

Do mesmo modo, im­porta pros­se­guir a di­na­mi­zação da luta rei­vin­di­ca­tiva para al­cançar novos avanços e con­quistas e ga­rantir as con­di­ções in­dis­pen­sá­veis para a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita da res­pon­sa­bi­li­dade de su­ces­sivos go­vernos do PS, PSD e CDS e abrir ca­minho a uma al­ter­na­tiva po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda sem a qual não ha­verá so­lu­ções para os pro­blemas do País.

O PCP pros­se­guiu esta se­mana a cam­panha «Va­lo­rizar os tra­ba­lha­dores. Mais força ao PCP» em que se in­seriu o jantar/​con­vívio no Fundão. Re­a­lizou-se igual­mente em San­tiago do Cacém a 5.ª As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Li­toral Alen­te­jano, também com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP e que se in­sere na acção de re­forço do Par­tido.

De facto, a par do de­sen­vol­vi­mento da luta de massas, é pre­ciso for­ta­lecer o PCP, o Par­tido ne­ces­sário, in­dis­pen­sável e in­subs­ti­tuível com que os tra­ba­lha­dores e o povo po­derão contar para que, sejam quais forem as cir­cuns­tân­cias em que tenha que in­tervir, agir sempre com de­ter­mi­nação e con­fi­ança, por jus­tiça e pro­gresso so­cial, pela so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­onal, por uma de­mo­cracia ins­pi­rada nos va­lores de Abril, pelo so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo.

É pre­ciso ter pre­sente a im­por­tância das me­didas a tomar para as­se­gurar as con­di­ções ime­di­atas ne­ces­sá­rias à con­cre­ti­zação das três pri­o­ri­dades de­fi­nidas para o re­forço do Par­tido nesta fase: a en­trega do novo cartão, os 5 mil con­tactos com tra­ba­lha­dores dando-lhes a co­nhecer as ra­zões pelas quais devem aderir e re­forçar o PCP, for­ta­le­cendo deste modo o seu Par­tido de classe e a res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros.

«Uma cam­panha que – como su­bli­nhou o Se­cre­tário-geral do PCP no pas­sado do­mingo em San­tiago do Cacém – para ter êxito terá que contar com o em­pe­nha­mento de todos e de cada um de nós, in­for­mando, ou­vindo, apren­dendo, mas ape­lando sempre e sempre em cada con­tacto, em cada con­versa, à to­mada de par­tido contra a ex­plo­ração, as in­jus­tiças so­ciais, por uma so­ci­e­dade mais justa no seio do único Par­tido que con­se­quen­te­mente o as­sume na sua ori­en­tação e prá­tica».

Im­porta também ter pre­sente a di­vul­gação da Festa do Avante! e a venda an­te­ci­pada da EP apro­vei­tando o novo ele­mento de di­vul­gação e pro­moção da Festa que cons­titui o «jornal dos ar­tistas» que hoje se pu­blica como su­ple­mento do Avante!. E, em pa­ra­lelo, é pre­ciso pro­ceder à sua im­plan­tação.

Os tra­ba­lha­dores, o povo e o País pre­cisam de um PCP mais forte, capaz de fazer in­clinar o fiel da ba­lança no sen­tido da so­lução dos muitos e graves pro­blemas que per­sistem. Este é o ca­minho que é pre­ciso con­ti­nuar a per­correr e no qual nos con­ti­nu­a­remos a em­pe­nhar.