Greves massivas na Saúde e na Justiça

O Sin­di­cato dos Fun­ci­o­ná­rios Ju­di­ciais (SFJ) cal­cula que na pa­ra­li­sação re­a­li­zada nos dias 29 de Junho e 2 e 3 de Julho, a adesão tenha ul­tra­pas­sado os 80 por cento, pro­vo­cando o en­cer­ra­mento de tri­bu­nais de norte a sul do País. Na greve, a que se jun­taram os ofi­ciais de jus­tiça, os tra­ba­lha­dores re­clamam do Go­verno res­postas con­cretas às so­lu­ções apre­sen­tadas em sede ne­go­cial, entre ou­tras ma­té­rias, para a re­visão do es­ta­tuto, con­tagem do tempo de car­reira e re­gime de apo­sen­tação.

Mas­siva foi, também, a greve dos en­fer­meiros ocor­rida faz hoje uma se­mana, cuja adesão global, es­tima o Sin­di­cato dos En­fer­meiros Por­tu­gueses (SEP), rondou os 73 por cento, tendo, no en­tanto, ha­vido uni­dades em que a adesão à greve ul­tra­passou lar­ga­mente aquela per­cen­tagem.

Na jor­nada na­ci­onal de dia 28 de Junho, os clí­nicos rei­vin­di­caram a con­tra­tação dos pro­fis­si­o­nais que ficam a faltar em re­sul­tado da apli­cação da jor­nada de tra­balho se­manal de 35 horas. O SEP cal­cula em cerca de dois mil o nú­mero de en­fer­meiros ne­ces­sá­rios para manter em ní­veis se­me­lhantes (os quais são já in­su­fi­ci­entes) as uni­dades do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (SNS) e evitar si­tu­a­ções de rup­tura. Alerta também que mesmo que o Go­verno cum­prisse essa pro­messa com ca­rácter de ur­gência, muitos ini­ci­a­riam fun­ções sem pe­ríodo de adap­tação e em si­tu­ação pre­cária.

Desde do­mingo, 1 de Julho, quando en­traram em vigor as 35 horas, en­fer­meiros, as­sis­tentes e téc­nicos de Saúde cum­prem es­cusa às horas ex­tra­or­di­ná­rias, in­sis­tindo que as ca­rên­cias que se re­gistam no plano dos re­cursos hu­manos es­pe­ci­a­li­zados apro­fundam a de­gra­dação do SNS.



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