Nações Unidas defendem diálogo urgente no Iémen

DIÁLOGO O enviado do Secretário-geral da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, manifestou a necessidade de se trabalhar com urgência para se restabelecer o diálogo entre as facções em guerra no país.

Unicef diz que 11 milhões de crianças necessitam de ajuda

O alto representante das Nações Unidas para o Iémen considerou que se vive «um momento crítico» no país e que é preciso quanto antes uma solução que restabeleça a segurança e a estabilidade no porto de Hodeida.

«Isto é importante para criar condições positivas visando o reinício urgente das negociações políticas», insistiu Martin Griffiths.

Durante uma visita ao Iémen, no princípio de Julho, reuniu-se com representantes dos rebeldes hutis, incluindo o seu líder, Abdel Malek al-Houthi. «Todas as partes realçaram o forte desejo de paz e estão a colaborar com ideias para alcançar essa paz», declarou.

A guerra no Iémen afundou o país e, hoje, 11 milhões de crianças precisam de ajuda básica, anunciou entretanto a directora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Henrietta Fore.

Após deslocar-se a Áden e à capital, Saná, a responsável mostrou-se alarmada com o sofrimento das crianças. «Os serviços sociais mal funcionam. A economia está arruinada. Os preços dispararam. Os hospitais foram danificados. As escolas converteram-se em refúgios ou foram ocupadas por grupos armados», resumiu.

Nas últimas semanas, a ofensiva militar da aliança encabeçada pela Arábia Saudita, com o apoio dos EUA, contra o porto iemenita de Hodeida tem gerado preocupação por parte da ONU, que receia o agravamento da catástrofe humanitária.

As forças do presidente Mansur Hadi, apoiadas pelos sauditas, atacaram o porto, no Mar Vermelho, por onde entram 70% das importações e a ajuda recebida pelo Iémen. A cidade continua em poder do movimento huti (xiita) Ansar Allah, que também controla amplas zonas do país, incluindo Saná, desde Setembro de 2014.




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