«Sim à paz! Não à NATO» ouviu-se nas ruas do País

PAZ Depois de Évora, Lisboa, Coimbra e Faro, realiza-se hoje no Porto uma iniciativa pública pela paz e contra a NATO e os objectivos da cimeira que por estes dias tem lugar em Bruxelas.

A NATO e os interesses que serve são a principal ameaça à paz

«Paz Sim! NATO Não!», «Saúde e educação, guerra não!» e «Cumprir a Constituição, NATO Não!» foram algumas das palavras de ordem entoadas pelas centenas de pessoas que, na segunda-feira, 9, participaram na iniciativa de Lisboa. As faixas e cartazes que muitos empunhavam acrescentavam razões para o protesto: «nem mais um euro para a guerra», «os povos querem a paz» ou «juntos pela paz» eram algumas delas.

Tanto nestas frases como nas intervenções proferidas por representantes do CPPC, CGTP-IN, MDM e JCP denunciou-se os «objectivos belicistas» da cimeira da NATO de 11 e 12 de Julho: o aumento das despesas militares dos países membros (entre os quais Portugal), a intensificação da militarização da União Europeia e o reforço da presença militar na Europa e noutras regiões.

Para as mais de 40 organizações promotoras das iniciativas, os verdadeiros compromissos do Estado português são com o bem-estar do seu povo e com uma política de paz e cooperação com todos os povos, e não, como sucede, com as grandes potências da NATO e da UE. Reafirmou-se, também, aquela que é não só uma exigência antiga do movimento da paz como um desígnio constitucional: a dissolução deste bloco político-militar.

Presente na iniciativa – que partiu do Largo Camões e percorreu a Rua Garrett e a Rua do Carmo, que àquela hora se encontravam repletas –, o Secretário-geral do PCP condenou a «escalada militarista» da UE «sob a batuta dos Estados Unidos» e considerou o posicionamento do Governo e do Presidente da República face à NATO como estando em desrespeito pela lei fundamental do País. Relativamente à disponibilidade demonstrada pelas autoridades portuguesas para aumentarem os gastos com a NATO, Jerónimo de Sousa chamou a atenção para a contradição existente entre esta opção e o argumento recorrente de que «não há dinheiro» quando se trata de resolver os principais problemas do País.

No sábado, 7, em Évora realizou-se outro acto público promovido pela mesma plataforma e anteontem tiveram lugar iniciativas semelhantes em Faro e Coimbra. Hoje é a vez do Porto sair à rua pela paz e contra a NATO. A concentração é às 18 horas na Rua de Santa Catarina.

No fim-de-semana, o CPPC participou numa manifestação em Bruxelas e em diversas iniciativas promovidas pelo Conselho Mundial da Paz e a organização belga Intal.

Entregues mais de 13 mil assinaturas pela proibição das armas nucleares

O CPPC entregou no dia 5, na Assembleia da República (AR), mais de 13 mil assinaturas recolhidas para a petição que exige das autoridades portuguesas a assinatura e ratificação do Tratado de Proibição de Armas Nucleares. As assinaturas foram entregues numa audiência com o vice-presidente da AR José Matos Correia na qual participaram dirigentes do CPPC e um representante da Associação Projecto Ruído, que promoveu a campanha «Desarma a Bomba – Pelo fim das Armas Nucleares, Já!».

Na audiência, as organizações expressaram a importância do objecto da petição e reafirmaram a sua intenção em prosseguir a campanha pela assinatura e ratificação do Tratado, subscrito há um ano por 122 países. Sublinharam também, como durante as inúmeras acções de recolha de assinaturas ficou evidente, o repúdio pelas armas nucleares, a exigência da sua proibição e reconhecimento da necessidade de Portugal se juntar aos estados que já aderiram ao tratado.

Tendo em conta o número de assinaturas entregues, a petição será debatida em sessão plenária da Assembleia da República.

 

 



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