FNAM exige negociação séria

A Federação Nacional dos Médico (FNAM) anunciou que não iria comparecer à reunião da Comissão Técnica Nacional da Contratualização (CTNC) que estava agendada para ontem. A estrutura sindical dos médicos considera que tendo recebido a documentação apenas um dia útil antes do encontro, não existem condições para uma negociação séria, pelo que apelou ao seu adiamento.

Em comunicado divulgado anteontem, 16, a FNAM explica que, tal como outras organizações pertencentes à CTNC, recebeu convocatória a 3 de Julho, mas, pese embora tenha solicitado logo nesse dia à Administração Central do Sistema de Saúde o envio de documentação, esta só foi remetida na noite de dia 13 e após nova missiva sua já a solicitar o adiamento da reunião.

A FNAM nota que «a análise da documentação é imprescindível devido à importância das propostas a serem abordadas na ordem de trabalhos», nomeadamente quanto «ao seu impacto na actividade, nos direitos e deveres que são pedidos a todas as unidades funcionais dos Cuidados de Saúde Primários e em particular aos médicos de Medicina Geral e Familiar», bem como em relação ao escrutínio da fiabilidade e rigor dos dados estatísticos presentes. Alvo de contestação é, igualmente, o facto de neste contexto ser praticamente impossível avançar com contra-propostas.

Luta obriga contratação
No final da semana passada, a FNAM saudou «a luta dos médicos da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) que, com coragem e unidade, conseguiram obrigar o Ministério da Saúde a firmar contracto «para três médicos recém-especialistas e a abertura de mais duas vagas de concurso para este mês de Julho». Recorde-se que por estes dias, demitiram-se os médicos chefes de urgência da MAC e do Hospital de São José em protesto contra a situação de ruptura no Centro Hospitalar Lisboa Central.

«O protesto levado a cabo pelos médicos da MAC teve resultados práticos», salientou a FNAM, que acusa a tutela de insistir «numa política de desmotivação dos profissionais e de destruição do SNS».




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