Greve na Amazon perturba promoções do «Prime Day»

Milhares de trabalhadores do gigante norte-americano do comércio por Internet Amazon entraram em greve, dia 17, em Espanha e na Alemanha, pela melhoria das condições de trabalho, afectando a operação promocional designada «Prime Day».

Em Espanha, no maior centro logístico da Amazon no país, em San Fernando de Henares, nos arredores de Madrid, os trabalhadores cumpriram três dias consecutivos de greve (de 16 a 18), para reclamar aumentos salariais e a manutenção do convénio colectivo de empresa.

Segundo a estrutura sindical das Comissões Obreiras (CCOO), aderiram à paralisação cerca de 80 por cento dos 1200 trabalhadores.

O sindicato rejeita a proposta de actualização salarial da empresa de apenas 1,1 por cento e condena a imposição de uma convenção colectiva que representa um retrocesso face à anterior.

Na Alemanha, a paralisação de 24 horas foi convocada pelo sindicato Ver.di, que exige a negociação de uma convenção colectiva que regule as condições de trabalho e «proteja a saúde dos trabalhadores».

O maior sindicato alemão do sector terciário refere «prolongados períodos de trabalho de pé», «quilómetros percorridos» e «tarefas repetitivas».

No dia das promoções, mais de 2400 efectivos fizeram greve em seis centros logísticos, distribuídos por todo o país (Hersfeld, Leipzig, Graben, Rheinberg, Werne e Coblence). A paralisação prosseguiu no dia seguinte em Leipzig.

O fundador e principal accionista da Amazon, Jeff Bezos, é considerado o homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em 150 mil milhões de dólares.




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