CESP denuncia exploração

O Sindicato dos trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) anunciou, em comunicado, a greve dos trabalhadores das Misericórdias do distrito de Viana do Castelo para o próximo dia 27. No texto, o sindicato expõe as condições precárias em que os trabalhadores destas unidades têm laborado.

Ajudantes de lar, creches e infantário, trabalhadores de cozinha e auxiliares de apoio domiciliário, todos têm sido afectados pelas mesmas condições impostas pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP): aumento da carga horária de 37 para 40 horas semanais, pagamento em falta das diuturnidades, salários congelados em valores que rondam os 580 e os 600 euros e prestação de trabalho obrigatório em feriados sem o devido acréscimo salarial.

De entre as reivindicações apresentadas, salientam-se a exigência do aumento dos salários e a contratação imediata de mais trabalhadores para todas as valências que, actualmente, funcionam apenas «com os serviços mínimos».

O CESP realizou também, pela primeira vez, um plenário de trabalhadores do Grupo José de Mello Saúde, que contou com a presença de mais de 100 trabalhadores, empregados no call center, na CUF Descobertas e na CUF Belém. Da discussão realizada sobressaíram várias irregularidades que são impostas aos trabalhadores desta empresa, como o incumprimento do Contrato Colectivo de Trabalho, a existência de banco de horas, a recusa do pagamento de horas suplementares ou as jornadas de trabalho diárias de 13 horas.

O sindicato solicitou já uma reunião com a administração do grupo para discussão destas questões.

 



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