- Nº 2333 (2018/08/16)

II Centenário de Karl Marx no Pavilhão Central

Festa do Avante!

EXPOSIÇÃO No ano em que se assinala os 200 anos do nascimento de Karl Marx, no Pavilhão Central da Festa do Avante! concretiza-se uma importante iniciativa  do programa de comemorações que o PCP desenvolve ao longo do ano de 2018,  sob o lema «II Centenário do Nascimento de Karl Marx. Legado, intervenção, luta. Transformar o mundo»: a exposição «Capitalismo – a história não termina aqui. Socialismo é o futuro».

Introduzida por um painel de grandes proporções, a exposição mostra, por diversos meios (texto, imagem, vídeo, elementos cénicos e figurativos), a natureza exploradora, opressora, agressiva e predadora do capitalismo, sistema social que está na origem das desigualdades, injustiças e guerras que marcam a actualidade e é responsável pelo sofrimento de milhões de seres humanos vítimas do desemprego, da exploração, da pobreza, da miséria e da doença.

Capitalismo é exploração
O capitalismo, assente na exploração do homem pelo homem, evoluiu a partir do desenvolvimento da indústria, agudizando o antagonismo de classes de uma sociedade que perdura até aos nossos dias.
De um lado, uma imensa maioria, composta pela classe operária, pelo conjunto dos trabalhadores e outras classes e camadas antimonopolistas. Do outro, a grande burguesia monopolista, que se apropria da riqueza que não produz. Aprofunda-se esse fosso entre a enorme massa de seres humanos que nada têm e uma elite multimilionária, pondo em evidência os efeitos da contradição entre o carácter social da produção e a forma privada da apropriação, no capitalismo.
Estes 200 anos que nos separam do nascimento de Karl Marx trouxeram consigo profundas transformações na vida, na economia, na sociedade. Mas não alteraram a natureza do capitalismo nem deram respostas às suas principais contradições. O capitalismo não só revela a sua incapacidade para responder aos principais problemas da humanidade, como constitui uma crescente ameaça à vida de milhões de seres humanos, e até ao próprio planeta.

Socialismo é o futuro
O capitalismo não é o «fim da história». Como todos os sistemas precedentes, o capitalismo é um modo de produção transitório. A superação revolucionária das suas insanáveis contradições é uma exigência do desenvolvimento social.
Não foi Marx quem descobriu as classes nem a luta de classes. Mas foi Marx quem percebeu como se poderia construir uma nova sociedade, sem classes. Para isso foi preciso compreender as características fundamentais e o papel de quem a vai construir: a classe operária.
Tendo desvendado a missão histórica da classe operária, esteve, juntamente com Engels, na fundação do partido revolucionário de vanguarda do proletariado e na elaboração do primeiro programa comunista – o Manifesto do Partido Comunista.
Desde então o movimento comunista tornou-se uma grande força revolucionária, de cuja acção são inseparáveis os grandes avanços libertadores entretanto alcançados, num caminho aberto pela grande Revolução Socialista de Outubro, na qual se destacou o genial contributo de Lénine, e que atrasos e deformações que conduziram à derrota do socialismo não apagam.
Com o desenvolvimento do marxismo por Lénine, como pensador e como revolucionário, nas novas condições da fase imperialista do capitalismo e das revoluções socialistas ocorridas no século XX, marxismo e leninismo tornam-se inseparáveis, como base teórica para explicar o mundo e, sobretudo, indicar como transformá-lo, constituindo-se assim o guia para a acção das forças políticas  e sociais determinantes da época actual.
Como afirmou Álvaro Cunhal, «o século XX não foi o século do “fim do comunismo” (como por aí apregoam) mas sim o século do “princípio do comunismo” como concretização e edificação de uma nova sociedade para o bem do ser humano» (Álvaro Cunhal, «O comunismo hoje e amanhã», 1993).

A luta pela alternativa: democracia e socialismo no futuro de Portugal
Por todo o mundo, o confronto entre capital e trabalho expressa-se em numerosos processos de resistência, luta, avanço e transformação. O objectivo da superação revolucionária do capitalismo pelo socialismo não só marcou todo o século XX como constitui uma exigência da actualidade e do futuro. Em Portugal, a Revolução de Abril é expressão desse percurso emancipador dos trabalhadores e do povo português. Tal como o é a intervenção e luta do PCP, partido que afirma o seu Programa Uma Democracia Avançada – Os Valores de Abril no Futuro de Portugal e que, hoje como ao longo dos seus 97 anos de vida, assume como objectivo supremo a construção do socialismo e do comunismo.

Uma exposição dinâmica
Distribuída por seis núcleos temáticos, procurar-se-á evidenciar: a génese, natureza e contradições do capitalismo (núcleo I); o capitalismo na época dos monopólios (núcleo II); o capitalismo em Portugal (núcleo III); Marx: legado, transformação, luta (núcleo IV); a luta de classes: motor da transformação social (núcleo V); a luta pela alternativa: democracia e socialismo no futuro de Portugal (núcleo VI).
Combinando o texto com a imagem, com grande riqueza iconográfica, elementos que permitam interacção com os visitantes, incluindo um programa de visitas guiadas por dirigentes do PCP, a exposição será uma demonstração dinâmica de que o capitalismo não é o fim da história e o socialismo é uma exigência da actualidade e do futuro.

 

Programa de visitas