UMA FESTA PARA TODOS

«tra­balho mi­li­tante de ca­ma­radas e amigos é que faz o êxito da Festa do Avante!»

A pre­pa­ração da Festa do Avante!, a pouco mais de uma se­mana do seu início, avança com grande en­tu­si­asmo e di­na­mismo. São muitas as cen­tenas de ca­ma­radas e amigos do Par­tido e da Festa que não re­ga­teiam es­forços para ga­rantir o seu su­cesso, par­ti­ci­pando em­pe­nha­da­mente na sua di­vul­gação, venda da EP e jor­nadas de tra­balho.

E são fortes as ra­zões a jus­ti­ficar este es­forço mi­li­tante: porque esta é a festa de um Par­tido, o PCP, cujos ob­jec­tivos, com­bates tra­vados ao longo dos seus 97 anos de His­tória, pro­jecto e ideal por que luta, fazem dele um Par­tido ne­ces­sário, in­dis­pen­sável e in­subs­ti­tuível; porque esta é a festa de Abril e dos seus va­lores e pulsa nela a luta, a ale­gria e con­fi­ança no fu­turo dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês; fi­nal­mente, porque por ser tão hu­mana, aco­lhe­dora e fra­terna, ver­da­dei­ra­mente, se pode con­si­derar uma festa para todos.

Foi aos cons­tru­tores da Festa, muitas cen­tenas de ca­ma­radas e amigos, que no sá­bado pas­sado, o Se­cre­tário-geral do PCP di­rigiu sau­da­ções fra­ter­nais. Sau­da­ções que com­portam a ad­mi­ração e a va­lo­ri­zação do tra­balho mi­li­tante que tem sido re­a­li­zado nestas se­manas sob um sol abra­sador e enal­tecem o tra­balho mi­li­tante que dá uma di­mensão única a esta re­a­li­zação po­lí­tica e cul­tural, vi­ven­cial e so­li­dária, que é a Festa do Avante!.

E en­quanto o PCP se em­penha em cons­truir esta gran­diosa Festa, ape­lando a todos a que , sem pre­con­ceitos, a vi­sitem e usu­fruam, ao mesmo tempo, in­tervém em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo lu­tando por avanços na de­fesa, re­po­sição de con­quista de di­reitos e ren­di­mentos – de que são exem­plos con­cretos e re­centes o au­mento ex­tra­or­di­nário das re­formas e pen­sões, o au­mento do abono de fa­mília, as novas me­didas, em­bora muito in­su­fi­ci­entes, re­la­tivas às longas car­reiras con­tri­bu­tivas ou a gra­tui­ti­dade dos ma­nuais es­co­lares até ao 6.º ano de es­co­la­ri­dade. En­quanto o PCP, na sua um­bi­lical li­gação aos tra­ba­lha­dores e ao povo, luta por uma al­ter­na­tiva po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que res­ponda às ne­ces­si­dades do País, ou­tras, como o PSD e CDS, de­sen­volvem uma linha de ma­ni­pu­lação e ins­tru­men­ta­li­zação de pro­blemas reais que se vive nos ser­viços pú­blicos, para ali­mentar cam­pa­nhas que se in­serem na agenda do grande ca­pital e que visam a sua pri­va­ti­zação e con­cen­tração mo­no­po­lista, no­me­a­da­mente no âm­bito da União Eu­ro­peia.

O CDS acentua a ma­ni­pu­lação em torno da fer­rovia numa acção que visa bran­quear as suas evi­dentes res­pon­sa­bi­li­dades, no­me­a­da­mente no go­verno com o PSD, pela si­tu­ação de­gra­dada a que este sector chegou.

O PS, por sua vez, apro­vei­tando a si­tu­ação de algum alívio para o povo, em con­sequência da re­po­sição de di­reitos e ren­di­mentos a que a de­ter­mi­nante in­ter­venção do PCP e a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo obri­garam, in­siste na ne­ces­si­dade do seu re­forço elei­toral a pensar na am­bi­ci­o­nada mai­oria ab­so­luta. Ora, o que os por­tu­gueses co­nhecem é que o re­forço do PS sig­ni­fica não a pos­si­bi­li­dade para abrir ca­minho à res­posta es­tru­tural aos pro­blemas do País mas tão só para apro­fundar a po­lí­tica de di­reita.

O PCP con­tinua a in­tervir em de­fesa dos ser­viços pú­blicos e a chamar a atenção para as ques­tões cen­trais, in­sis­tindo nas res­pon­sa­bi­li­dades dos su­ces­sivos go­vernos do PS, PSD e CDS na de­gra­dação desses ser­viços e nos dé­fices es­tru­tu­rais re­sul­tantes de dé­cadas de po­lí­tica de di­reita e de in­te­gração ca­pi­ta­lista na União Eu­ro­peia, como acon­teceu na pas­sada sexta-feira no jantar-co­mício em Grân­dola e na vi­sita às Festas de Cor­roios na pas­sada se­gunda-feira, com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa.

E porque é ne­ces­sário in­ten­si­ficar esta in­ter­venção, é também ne­ces­sário re­forçar o PCP, con­dição es­sen­cial para ir mais longe na de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos; para im­pedir o avanço da po­lí­tica de di­reita, in­de­pen­den­te­mente dos seus pro­ta­go­nistas e para avançar na con­cre­ti­zação de uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que vá de en­contro aos in­te­resses e as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e de­mais classes e ca­madas an­ti­mo­no­po­listas.

É ne­ces­sário di­na­mizar a luta de massas, factor de­ci­sivo no pro­cesso de trans­for­mação so­cial e é ne­ces­sário igual­mente pro­mover a uni­dade e con­ver­gência com de­mo­cratas e pa­tri­otas em torno de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva que ga­ranta um Por­tugal com fu­turo. E, para isso, entre ou­tros fac­tores e con­di­ções, impõe-se repor o apa­relho pro­du­tivo, va­lo­rizar o tra­balho e os tra­ba­lha­dores, as­se­gurar o con­trolo pú­blico sobre os sec­tores es­tra­té­gicos, de­fender os ser­viços pú­blicos e as fun­ções so­ciais do Es­tado.

É este o ca­minho para o de­sen­vol­vi­mento so­be­rano do País e não as me­didas pa­li­a­tivas re­cen­te­mente anun­ci­adas pelo Go­verno como in­cen­tivo ao re­torno de emi­grantes. É este o ca­minho que o PCP está dis­posto a tri­lhar com os tra­ba­lha­dores e o povo por­tu­guês.