Professores unidos na negociação com ME

As or­ga­ni­za­ções sin­di­cais de pro­fes­sores e edu­ca­dores con­vergem na aná­lise da si­tu­ação na Edu­cação e estão prontas a levar por di­ante ac­ções e lutas, que po­derão ser con­fir­madas amanhã, dia 7, no final da pri­meira reu­nião ne­go­cial com o Mi­nis­tério da Edu­cação após o pe­ríodo de fé­rias.
Esta po­sição é as­su­mida num co­mu­ni­cado con­junto, saído de uma reu­nião de di­ri­gentes da ASPL, da Fen­prof, da FNE, da Pró-Ordem, do Se­pleu, do Si­nape, do Sindep, do SIPE, do Sippeb e do SPLIU, no dia 31 de Agosto, em Lisboa.

No do­cu­mento, cri­tica-se o in­cum­pri­mento, pelo Go­verno, de com­pro­missos que as­sumiu com os pro­fes­sores (como a re­cu­pe­ração do tempo de ser­viço con­ge­lado e o re­po­si­ci­o­na­mento na car­reira). Quanto à aber­tura do ano lec­tivo, os sin­di­catos afirmam que ela «está muito longe do quadro de nor­ma­li­dade que o mi­nistro da Edu­cação e o pri­meiro-mi­nistro pre­tendem fazer passar, como se con­fir­mará após o re­tomar da ac­ti­vi­dade plena nas es­colas».
Me­recem con­de­nação as de­cla­ra­ções sobre a re­com­po­sição da car­reira do­cente, pro­fe­ridas em Agosto pelo mi­nistro das Fi­nanças e pelo pri­meiro-mi­nistro, «em ambos os casos pro­cu­rando con­di­ci­onar a ne­go­ci­ação». A An­tónio Costa, que acusou as or­ga­ni­za­ções sin­di­cais de fa­zerem finca-pé nos nove anos, quatro meses e dois dias (tempo de ser­viço em que a pro­gressão es­teve con­ge­lada), os sin­di­catos res­pondem que «esse é um “finca-pé” em de­fesa do cum­pri­mento da lei, en­quanto a po­sição in­tran­si­gente do Go­verno, caso vin­gasse, seria con­trária à Lei do Or­ça­mento do Es­tado para 2018».

Foi re­a­fir­mada a de­ter­mi­nação de re­a­lizar «todas as ac­ções e lutas que já antes ti­nham de­ci­dido pro­mover, na sequência da aus­cul­tação re­a­li­zada junto de mais de 50 mil pro­fes­sores», no­me­a­da­mente: ple­ná­rios em todas as es­colas na aber­tura do ano lec­tivo; dis­tri­buição de um es­cla­re­ci­mento aos pais e en­car­re­gados de edu­cação sobre os mo­tivos que levam os pro­fes­sores a lutar; greve e ma­ni­fes­tação na­ci­onal na pri­meira se­mana de Ou­tubro.
As or­ga­ni­za­ções sin­di­cais de do­centes ad­mitem levar a cabo ou­tras ac­ções du­rante todo o pe­ríodo de de­bate par­la­mentar da pro­posta de OE para 2019.

 

Cumpra-se o OE 2018

«Es­tamos a exigir que se cumpra o Or­ça­mento do Es­tado de 2018», sa­li­entou o Se­cre­tário-geral da Fen­prof, em con­fe­rência de im­prensa, no dia 30, após uma reu­nião de di­ri­gentes da fe­de­ração e dos seus sin­di­catos. «Como pode haver con­senso para ne­go­ciar o novo Or­ça­mento, se aqueles que o apro­varam vêem que o an­te­rior não foi cum­prido?» – ques­ti­onou então Mário No­gueira, ci­tado pela agência Lusa.
O di­ri­gente cri­ticou for­te­mente o atraso na pu­bli­cação das listas de co­lo­cação de 20 mil pro­fes­sores, que apenas no dia 30, quinta-feira, sou­beram a es­cola onde te­riam de se apre­sentar na se­gunda-feira, 3 de Se­tembro.
Esta crí­tica foi re­a­fir­mada ainda nesse dia numa nota do Se­cre­ta­riado Na­ci­onal, que as­si­nalou ainda o facto de, con­si­de­rando o nú­mero de can­di­datos, fi­carem no de­sem­prego mais de 30 mil pro­fes­sores e edu­ca­dores.

Para ontem, em Lisboa, a Fen­prof con­vocou um en­contro na­ci­onal de di­ri­gentes e de­le­gados sin­di­cais, que ter­mi­naria com um des­file pela Ave­nida da Li­ber­dade, até à Praça do Co­mércio, onde pro­vi­so­ri­a­mente fun­ciona o ga­bi­nete do pri­meiro-mi­nistro.

 



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