- Nº 2338 (2018/09/20)

Guerra comercial EUA-China agrava-se

Internacional

RECIPROCIDADE A China vai responder de forma recíproca às novas taxas aduaneiras sobre produtos chineses aplicadas de forma unilateral pelos Estados Unidos, no valor de 200 mil milhões de dólares.

A China anunciou na terça-feira, 18, que vai ripostar na mesma medida às novas barreiras alfandegárias aos seus produtos impostas pelos EUA. Pequim exortou Washington a reconsiderar essa acção prejudicial para os negócios tanto no plano bilateral como global.

De acordo com um comunicado do seu Ministério do Comércio chinês, a China lamenta profundamente a decisão unilateral do presidente Donald Trump de aplicar taxas aduaneiras adicionais no valor de 200 mil milhões de dólares. «A China ver-se-á obrigada a adoptar contra-medidas para salvaguardar os seus direitos e interesses legítimos, assim como a ordem do comércio livre global», lê-se na nota.

O governo de Pequim advertiu que a decisão também cria incerteza sobre as consultas bilaterais e instou Washington a reconsiderá-la de forma convincente porque certamente trará consequências nefastas.

Em mais uma escalada da guerra comercial entre as duas potências, a China respondeu assim ao novo golpe tarifário ordenado por Trump em discordância com a proposta do seu secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, no sentido de continuar a negociar e procurar uma saída satisfatória para ambos os lados.

O presidente estado-unidense determinou uma série de taxas aduaneiras adicionais de 10% a partir do próximo dia 24 e até ao final deste ano. A partir de 1 de Janeiro de 2019, os impostos subirão para 25% e, se a China ripostar, Trump ameaça com uma terceira fase, em que aplicará taxas a produtos chineses no valor de mais 267 mil milhões de dólares.