Prédios inseguros em Lisboa
A Associação do Património e População de Alfama (APPA) responsabiliza a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Associação Turismo de Lisboa (ATL) por «todos os problemas de segurança e de salubridade» que os moradores e os comerciantes do Largo de São Miguel «estão a sofrer», depois da demolição de prédios na rua de São Miguel, no Beco da Cardosa e no Beco do Pocinho.
Por terem sido suspensas as obras por ordem do tribunal, os promotores da obra (CML e ATL) «deveriam ter tomado providências mínimas, como seja retirar o entulho e limpar o espaço». «Este tipo de medidas fazia ainda mais sentido, sabendo-se que tínhamos recorrido da primeira decisão judicial sobre a providência cautelar», reafirma a APPA, em comunicado divulgado no dia 16 de Outubro.
Esta associação continua a recolher assinaturas para o novo abaixo-assinado, insistindo que a CML deve «encontrar outro local onde construir o Museu Judaico» e «recuperar para habitação permanente os edifícios que está impedida de demolir». «Desta forma, ficaria comprovado que o município quer mesmo pôr termo ao processo de expulsão dos moradores, trazer de volta as pessoas que tiveram de sair de cá e que possam cá morar outras, excluídas desse direito pelo muito elevado custo das casas», acentua o documento, dado a conhecer, no mesmo dia, 16, na Assembleia Municipal de Lisboa.