INTERVIR, LUTAR E AVANÇAR

«Re­forçar o PCP, de­sen­volver a luta, avançar e afirmar a al­ter­na­tiva»

O de­sen­vol­vi­mento da luta em di­versas em­presas e sec­tores, em torno da acção rei­vin­di­ca­tiva, pros­segue, des­ta­cando-se ac­ções como: a greve do Metro de Lisboa, a grande ma­ni­fes­tação de en­fer­meiros; a ma­ni­fes­tação das forças e ser­viços de se­gu­rança pre­vista para hoje; a greve dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica, amanhã. E des­taca-se ainda e desde já pela sua im­por­tância e sig­ni­fi­cado, entre muitas ou­tras, a ma­ni­fes­tação na­ci­onal con­vo­cada pela CGTP-IN para 15 de No­vembro, cuja pre­pa­ração e mo­bi­li­zação deve me­recer uma atenção par­ti­cular.

De­sen­volve-se também a luta dos agri­cul­tores com a acção pro­mo­vida pela CNA no dia 8 de No­vembro; a luta dos es­tu­dantes em de­fesa dos seus di­reitos; a luta das po­pu­la­ções em de­fesa dos ser­viços pú­blicos e pela me­lhoria geral das suas con­di­ções de vida, no­me­a­da­mente contra o en­cer­ra­mento de ser­viços (de que são ex­pressão as lutas em de­fesa de es­ta­ções dos CTT).

De­sen­volve-se ainda a acção das mu­lheres com a re­a­li­zação do X Con­gresso do MDM mar­cado para a o pró­ximo sá­bado.

Foi neste quadro que se re­a­lizou no sá­bado pas­sado o En­contro pela Paz em Loures, uma im­por­tante ini­ci­a­tiva uni­tária, pro­mo­vida pelo CPPC e di­versas ou­tras or­ga­ni­za­ções, que contou com a par­ti­ci­pação de cerca de 700 pes­soas e nu­me­rosas in­ter­ven­ções su­bli­nhando a ne­ces­si­dade e im­por­tância da luta pela paz.

Após a sua apre­sen­tação na As­sem­bleia da Re­pú­blica, vai re­a­lizar-se nas pró­ximas se­gunda e terça, 28 e 29, a dis­cussão e vo­tação na ge­ne­ra­li­dade do Or­ça­mento do Es­tado para 2019.

Trata-se de uma pro­posta sobre o qual o PCP fez opor­tu­na­mente duas ob­ser­va­ções ge­rais, re­gis­tando e va­lo­ri­zando pro­gressos e avanços que re­pre­sentam re­po­sição e con­quista de di­reitos e re­a­fir­mando, ao mesmo tempo, que esta pro­posta de OE é mol­dada por op­ções es­tru­tu­rantes da res­pon­sa­bi­li­dade do Go­verno do PS que li­mitam, e em di­versos.

planos im­pedem, a res­posta plena a ques­tões cen­trais in­dis­pen­sá­veis para as­se­gurar o

de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico e so­cial do País.

É um Or­ça­mento cujos pro­gressos e avanços são in­dis­so­ciá­veis da in­ter­venção do PCP e da luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções como se des­taca neste nú­mero do Avante!.

O PCP con­ti­nuará a in­tervir no sen­tido de re­solver pro­blemas que sub­sistem e avan­çará com pro­postas na es­pe­ci­a­li­dade, que afirmem os seus ob­jec­tivos po­lí­ticos e re­pre­sentem novos pro­gressos tra­du­zidos em re­sul­tados po­si­tivos para os tra­ba­lha­dores e para o povo.

Inse­ridas na sua in­tensa in­ter­venção, o PCP re­a­lizou esta se­mana di­versas ini­ci­a­tivas, no­me­a­da­mente a vi­sita a zonas afec­tadas pela Tem­pes­tade Leslie no dis­trito de Coimbra, com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP, para ma­ni­festar apoio e so­li­da­ri­e­dade às po­pu­la­ções atin­gidas, pro­curar apro­fundar o co­nhe­ci­mento dos seus pro­blemas e ouvi-las para uma me­lhor in­ter­venção em de­fesa dos seus in­te­resses e di­reitos.

Re­alça-se também a re­a­li­zação da sessão pú­blica in­se­rida na cam­panha «Va­lo­rizar os tra­ba­lha­dores» e a sessão com es­tu­dantes na Es­cola Se­cun­dária de Pe­na­fiel, com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa.

É neste quadro que se de­sen­volve a acção de re­forço do Par­tido, que deve con­ti­nuar a me­recer por parte das suas or­ga­ni­za­ções a mais des­ta­cada atenção, em par­ti­cular, às quatro li­nhas de ori­en­tação de­cla­radas pri­o­ri­tá­rias nesta fase: a en­trega do novo cartão de membro do Par­tido, a res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros, o con­tacto com 5 mil tra­ba­lha­dores e a apli­cação prá­tica dos prin­cí­pios de fun­ci­o­na­mento do Par­tido.

Trata-se de uma acção da maior im­por­tância para alargar a in­fluência so­cial, po­lí­tica e ide­o­ló­gica do PCP e também a sua ex­pressão elei­toral. E para dar mais força ao Par­tido que, de forma séria e co­e­rente, luta pelos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do povo, seja nos avanços con­se­guidos – e de que o pa­ga­mento na ín­tegra do Sub­sídio de Natal já este ano cons­ti­tuirá um novo ele­mento – seja na cri­ação de con­di­ções para a con­cre­ti­zação da po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda.

De facto, é ur­gente a con­cre­ti­zação de um novo rumo com uma po­lí­tica que abra uma pers­pec­tiva de de­sen­vol­vi­mento so­be­rano, que eleve a um outro par­tamar as res­postas aos graves e per­sis­tentes pro­blemas na­ci­o­nais e as con­di­ções de vida e de tra­balho dos por­tu­gueses.

É pre­ciso dar mais força ao PCP porque é no PCP que está a mais só­lida ga­rantia de cons­trução desta po­lí­tica al­ter­nativa, capaz de as­se­gurar os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo e dar so­lução aos pro­blemas es­tru­tu­rais do País que pe­ri­go­sa­mente se pro­telam e urge su­perar.