Dez em cada 100 pessoas vivem em pobreza extrema

Uns 10% da po­pu­lação mun­dial per­ma­necem hoje em po­breza ex­trema e, num pla­neta de abun­dância, mais de 700 mi­lhões de pes­soas estão im­pos­si­bi­li­tadas de sa­tis­fazer as suas ne­ces­si­dades diá­rias bá­sicas.

Este o alerta lan­çado pelo se­cre­tário-geral da ONU no Dia In­ter­na­ci­onal para a Er­ra­di­cação da Po­breza (17 de Ou­tubro), em que des­tacou a ne­ces­si­dade de de­sen­volver po­lí­ticas para re­solver o pro­blema.

Muitas pes­soas em todo o mundo vivem em si­tu­a­ções de con­flito e crise, ou­tras en­frentam bar­reiras para aceder a cui­dados mé­dicos, à edu­cação e a opor­tu­ni­dades de em­prego e, em es­pe­cial, as mu­lheres são des­pro­por­ci­o­nal­mente afec­tadas, ad­vertiu An­tónio Gu­terres.

A er­ra­di­cação da po­breza em todas as suas formas e di­men­sões, como fi­gura no pri­meiro ob­jec­tivo da Agenda 2030 para o De­sen­vol­vi­mento Sus­ten­tável, é um dos mai­ores de­sa­fios mun­diais e uma das prin­ci­pais pri­o­ri­dades das Na­ções Unidas.

Pôr fim à po­breza não é uma questão de ca­ri­dade mas de jus­tiça e existe uma co­nexão fun­da­mental entre acabar com a po­breza ex­trema e de­fender a igual­dade dos di­reitos de todas as pes­soas, re­alçou o se­cre­tário-geral da ONU.

Os con­flitos ar­mados di­fi­cultam um maior pro­gresso da er­ra­di­cação da po­breza e podem so­cavar ra­pi­da­mente muitos dos avanços al­can­çados, tanto na dis­cri­mi­nação como no au­mento das de­si­gual­dades, assim como os de­sas­tres na­tu­rais ex­tremos também co­locam grandes de­sa­fios.

«Per­cor­remos um longo ca­minho desde que o mundo co­me­morou este dia há 25 anos. Quase mil mi­lhões de pes­soas saíram da po­breza graças à li­de­rança po­lí­tica, ao de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico in­clu­sivo e à co­o­pe­ração in­ter­na­ci­onal». Mas isso não é su­fi­ci­ente, afirmou Gu­terres, já que muitas pes­soas con­ti­nuam na po­breza, pelo que pediu po­lí­ticas pú­blicas que der­rubem os obs­tá­culos que con­tri­buem para a per­pe­tu­ação da po­breza.

E instou a ouvir os mi­lhões de pes­soas que vivem na mi­séria em todo o mundo, a abordar as es­tru­turas de poder que im­pedem a sua in­clusão na so­ci­e­dade e a com­bater as in­dig­ni­dades que en­frentam.




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