RESISTIR E LUTAR COM CONFIANÇA

«O PCP assume o seu combate de sempre com os trabalhadores, o povo e o País»

Como afirmou o Secretário-geral do PCP no convívio nacional de dirigentes e activistas sindicais dos sectores da Fiequimetal do passado dia 3 de Novembro, «nesta nova fase da vida política, vivemos um tempo de contradições onde o PCP, com um papel e uma intervenção insubstituíveis, não perdeu nem perde nenhuma oportunidade na luta pela reposição, defesa e conquista de direitos. Papel e intervenção que articula a acção institucional com a luta de massas que decorre em muitas empresas e sectores públicos ou privados que devem convergir para a Manifestação Nacional convocada pela CGTP-IN para o dia 15 de Novembro em Lisboa e que deve mobilizar todas as denúncias, todos os protestos, todas as reivindicações, os mais ou menos jovens, os que têm vínculo precário ou efectivo, os homens e mulheres do sector privado ou público, mas também os reformados e pensionistas, as populações com as suas reivindicações próprias, numa demonstração de força e vontade por um Portugal com futuro».

De facto, porque a luta foi e será sempre o factor decisivo na conquista de cada direito e de cada avanço, é importante prosseguir as lutas que se travam em torno da acção reivindicativa como aquelas que decorrem neste momento em muitas empresas, locais de trabalho e sectores. Mas, a Manifestação Nacional convocada pela CGTP-IN para o dia 15 de Novembro em Lisboa, enquanto expressão convergente dessas lutas, assume particular significado e importância, a que deve corresponder o máximo esforço de mobilização que assegure o seu êxito efectivo.

Foi discutido e votado na generalidade, na semana passada (29 e 30 de Outubro), o Orçamento do Estado para 2019, registando-se a incorporação de um conjunto de medidas de sentido positivo que correspondem a novos avanços e progressos na reposição e conquista de direitos em resultado da contribuição e intervenção do PCP no exame comum, e da luta dos trabalhadores. Mas em que se constatam, de igual modo, limitações que decorrem das opções estruturantes da responsabilidade do Governo minoritário do PS.

Entretanto, no quadro do debate na especialidade o PCP apresentou na sexta-feira da semana passada, dia 2, um primeiro conjunto de 50 propostas, nomeadamente nas áreas da fiscalidade, nos direitos e protecção social, no Ensino Superior, na Cultura, na Educação, na Saúde, na Habitação, na Justiça, nos Transportes, na Energia, pelas quais se vai bater visando ir mais longe no caminho da defesa, reposição e conquista de direitos.

É uma acção que o PCP desenvolve de forma coerente, não desperdiçando nenhuma oportunidade para conseguir novos passos positivos neste rumo, que não é dissociável da luta que, em simultâneo, se trava pela afirmação de uma política alternativa patriótica e de esquerda com soluções para os problemas estruturais do País tendo em vista o seu desenvolvimento soberano.

Um tal caminho não é compatível com as contradições que se manifestam no plano político, económico e social e que decorrem da opção do governo minoritário do PS de manter o País acorrentado às imposições da União Europeia e aos seus instrumentos de ingerência e de domínio.

Para dar resposta aos problemas fundamentais dos trabalhadores, do povo e do País, é condição essencial mudar de rumo e romper com a submissão e o retrocesso nacional a que décadas de política de direita conduziram o País. É precisa uma política patriótica e de esquerda cuja concretização é inseparável do desenvolvimento da luta de massas e do reforço do PCP, da sua organização, da sua influência social e política e também da sua expressão eleitoral.

Reforço que terá que ter a sua principal dimensão na organização do PCP, e que tem como direcções prioritárias a responsabilização de quadros, a entrega do novo cartão de membro do Partido, a aplicação dos princípios de funcionamento do Partido e, como grande prioridade nesta fase, a acção de contacto com 5000 trabalhadores, dando a conhecer as razões pelas quais devem aderir e reforçar o PCP.

O reforço do PCP é condição imprescindível para os avanços, para a ruptura e para a alternativa que se impõe. Este é o Partido a quem vale a pena dar mais força, porque é também este o Partido que, não virando a cara à luta, como a sua história comprova, assume as suas responsabilidades e o seu combate de sempre com os trabalhadores, o povo e o País, «resistindo e lutando, - como sublinhou Jerónimo de Sousa no convívio de sábado, dia 3 – com confiança na nossa força, na força de todos, por cada direito, por cada avanço com as vistas largas do processo de transformação social, pela democracia, o socialismo e o comunismo».