c. 3500 a.C. – Invenção da escrita

A mais an­tiga ci­vi­li­zação co­nhe­cida do mundo, a dos Su­mé­rios, flo­resceu na Me­so­po­tâmia (terra entre os rios – o Trigre e o Eu­frates). Or­ga­ni­zados em ci­dades-es­tado (com go­verno pró­prio), de­sen­vol­veram com­plexos sis­temas de ir­ri­gação, ca­na­li­zando as águas dos dois rios para fer­ti­lizar as suas terras. Nma das mais im­por­tantes, Uruk, cerca de 3500 a.C. ocorre uma au­tên­tica re­vo­lução: a in­venção da es­crita. Pela pri­meira vez na his­tória da hu­ma­ni­dade, tanto quanto se sabe, cria-se um sis­tema de sím­bolos para trans­mitir e re­gistar acon­te­ci­mentos. É a cha­mada es­crita pic­to­grá­fica, que mais tarde evo­luiu para a es­crita cu­nei­forme (em forma de cunha), mais fácil e mais rá­pida. A in­venção terá ocor­rido no templo, centro do ver­da­deiro poder, já que se acre­di­tava que cada ci­dade era go­ver­nada por um deus, sendo o go­ver­nador ter­restre um seu mero re­pre­sen­tante. Uti­li­zando placas de ar­gila, os su­mé­rios re­gistam a ac­ti­vi­dade quo­ti­diana, como in­ven­tá­rios, re­gistos agrí­colas, co­brança de im­postos. Surge de­pois a li­te­ra­tura: re­latos sobre a cri­ação do mundo, des­cri­ções de rei­nados em que a re­a­li­dade e os mitos se con­fundem. Das obras que so­bre­vi­veram, a mais im­por­tante é a Epo­peia de Gil­ga­mesh, que narra os feitos deste rei di­vino e a sua de­manda da vida eterna.